Um dos maiores periódicos norte-americano, o The Whashington Post, classificou o discurso do presidente Jair Bolsonaro na abertura da 76ª Assembleia Geral da ONU como “provocantemente constrangedor”.
Jornalistas habituados a cobrir as reuniões da Organização Mundial, com abordagens normalmente relacionados a assuntos globais e de defesa de questões da humanidade, puseram em suas redações a estranheza com a situação criada pelo fato de um líder não vacinado e que estimulou o sentimento anti-vacina no seu país, ter feito o discurso de abertura de uma assembleia cujo foco principal deverá ser a resposta global à pandemia do coronavírus.
“Bolsonaro foi acusado de alimentar o sentimento anti-vacina e diz que não precisa ser vacinado porque se recuperou de um leve caso de covid-19 em julho passado“, retratou o Washington Post nesta terça-feira (21), após o discurso do brasileiro.
O New York Times observou a defesa feita por Bolsonaro de medicamentos comprovadamente ineficazes para o tratamento da covid-19 e sua tentativa de responder às críticas que tem sofrido.
Já o britânico The Guardian enfatizou, além da defesa do “tratamento precoce“, a crítica do presidente brasileiro à exigência de “passaporte de vacinação“.
Foto da capa: Eduardo Munoz (Associated Press)