Índice sobe 0,1% e renova máxima histórica, enquanto a moeda avança para R$ 5,38 com influência do Fed e tensões externas

O Ibovespa encerrou a quinta-feira (30) em alta de 0,1%, aos 148.780,22 pontos, marcando o sétimo avanço consecutivo e novo recorde histórico.
A movimentação refletiu uma combinação de fatores domésticos favoráveis e influências externas de cautela.
Já o dólar comercial, por sua vez, subiu 0,35%, encerrando o dia cotado a R$ 5,38, após operar entre a partir de R$ 5,35.
Apesar do leve avanço do Ibovespa, o resultado consolidou um ganho acumulado de 1,74% em outubro e 24,15% no ano, enquanto a moeda americana, mesmo com a valorização no pregão, acumula queda de 13,3% em 2025.
Indicadores e balanços impulsionam o mercado
Entre os fatores domésticos que influenciaram o desempenho da bolsa, estão indicadores econômicos mais favoráveis e resultados de empresas.
O IGP-M, Índice Geral de Preços de Mercado, recuou 0,36% em outubro, indicando desaceleração dos preços. O movimento negativo foi puxado por uma deflação de 1,41% nas matérias-primas brutas, como soja, café e bovinos.
O IPC, Índice de Preços ao Consumidor, avançou 0,16%, enquanto o INCC, referente ao custo da construção, registrou alta de 0,21%.
As informações reforçaram o otimismo em torno da estabilidade econômica e da geração de empregos formais acima das projeções.
No campo corporativo, empresas ligadas a commodities e materiais básicos também contribuíram para o desempenho do índice.
Pressão externa e avanço do dólar
O cenário internacional influenciou o comportamento do câmbio. O presidente do Fed (Federal Reserve), Jerome Powell, adotou tom conservador após o corte de juros anunciado na véspera, afirmando que uma nova redução em dezembro “não é certa” .
A declaração fortaleceu o dólar no exterior, pressionando moedas de países emergentes, inclusive o real.
O dólar global (índice DXY) subiu, refletindo a busca por proteção diante de incertezas econômicas. Paralelamente, a trégua comercial entre Estados Unidos e China trouxe alívio inicial, mas sem efeito duradouro sobre os mercados.
O presidente Donald Trump anunciou acordo com Xi Jinping para reduzir tarifas sobre produtos chineses e retomar exportações agrícolas.








