Após sete horas de atraso, o Hamas libertou um grupo de 20 prisioneiros, como parte do acordo de cessar-fogo com o governo de Israel, neste sábado (25), sendo oito crianças e cinco mulheres israelenses, além de sete estrangeiros.

A liberação do grupo ocorreu após mediação do governo do Catar, que interferiu depois que o grupo terrorista palestino afirmou que Israel não havia cumprido sua parte nos termos do acordo de trégua, no que diz respeito ao número de caminhões com ajuda humanitária a ser liberado para entrar em Gaza, de acordo com informações da agência de notícias francesa, AFP.
Segundo o Hamas, apenas 65, de 340 caminhões de ajuda que entraram em Gaza, desde sexta-feira, teriam chegado ao seu destino, menos da metade do acordado.
Israel chegou a ameaçar "retomar as operações de guerra", caso o Hamas não cumprisse o acordo e soltasse os prisioneiros até a meia-noite de sábado (19h no horário de Brasília).
Após horas de espera, Catar e Egito mediaram as negociações para que os reféns pudessem ser entregues ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV).
“Após um atraso na implementação da libertação de prisioneiros de ambos os lados, os obstáculos foram superados por meio de comunicações entre o Catar e o Egito com ambas as partes, e esta noite 39 civis palestinos serão libertados em troca da libertação de 13 detentos israelenses de Gaza, além de sete estrangeiros fora do contexto do acordo”, afirmou o porta-voz do Catar, Majed al-Ansari.
Na sexta-feira, o Hamas já havia libertado um grupo de 13 prisioneiros israelenses e mais 10 tailandeses e um filipino, que não faziam parte do acordo inicial, ao CICV para serem levados a Israel através do Egito. O estado de Israel, por sua vez, libertou um grupo de 39 prisioneiros palestinos, que incluíam mulheres, crianças e adolescentes.
O acordo de trégua de quatro dias, fechado na quarta-feira (22), prevê a libertação de 50 prisioneiros israelenses, de um grupo de 200 que estão sendo mantidos em Gaza, e de 150 palestinos que estão presos em Israel. O cessar-fogo temporário prevê também a liberação da entrada de ajuda humanitária e combustível para Gaza, que haviam sido impedidas por Israel.