O Google incluiu em sua página inicial o texto “O PL das fake news pode aumentar a confusão sobre o que é verdade ou mentira no Brasil”. A frase é linkada a um artigo assinado pelo diretor de Relações Governamentais e Políticas Públicas da empresa no Brasil, Marcelo Lacerda, que defende que o PL (projeto de lei) 2.630 de 2020 “acaba protegendo quem produz desinformação, resultando na criação de mais desinformação”.

A empresa de tecnologia que, de acordo com o PL poderá ser penalizada caso mantenha ou sugira por meio dos algoritmos informações falsas ou de violência ao consumidor, por exemplo, tenta informar que a Lei “iria na contramão do seu objetivo original de combater a disseminação de notícias falsas”.
Para a big techs estrangeira, o PL pode ser votado antes que setores, inclusive, congressistas, tenham acesso ao texto que irá ao plenário do Congresso Nacional, e, dessa forma. Na quinta-feira (27), a versão final do projeto foi entregue pelo relator do projeto, Orlando Silva (PC do B-SP), e contém 110 páginas. O PL das fake news deve ser votado no plenário da Câmara dos Deputados na terça-feira (2).
Além disso, o artigo exibido na página principal do buscador destorce o conteúdo da Proposta, afirmando que as plataformas ficariam “impedidas” de remover conteúdo jornalístico com afirmações falsas.
“A criação de uma legislação de internet com o potencial de impactar a vida de milhões de brasileiros e empresas todos os dias precisa ser feita de uma maneira colaborativa e construtiva”, escreveu. “Precisamos melhorar o texto do projeto de lei”, completou.
Em nota enviada ao Poder360, o Google negou estar “ampliando o alcance de páginas com conteúdos contrários ao Projeto de Lei 2630 na Busca”, mas afirmou estar se manifestando contra a proposta “de forma pública e transparente” por meio do blog oficial.








