Um levantamento da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) aponta para a piora no cenário epidemiológico da Covid 19 no Brasil nas últimas semanas. Entre 2 e 15 de janeiro, houve um forte aumento do número de infecções pelo coronavírus, com a média acima de 49 mil casos por dia, uma diferença de seis vezes o observado no início de dezembro do ano passado.
Apesar da alta de casos da doença, não houve um aumento tão acentuado no registro de mortes. Segundo os especialistas, isso demonstra a importância da vacinação que completou um ano essa semana.
Entre o dia 10 e 17 de janeiro, houve um aumento na taxa de ocupação de leitos de terapia intensiva para Covid-19 na rede do Sistema Único de Saúde (SUS) do país. Dez estados brasileiros e o Distrito Federal apresentam taxa de ocupação entre 60% e 80%, considerada zona de alerta intermediário. No levantamento feito na semana passada, eram seis as regiões, incluindo o DF, em zona de alerta intermediário.
Goiás, Mato Grosso, Espirito Santo e Pernambuco, estão na lista dos estados considerados em zona de alerta crítico, com as taxas de ocupação iguais ou superiores a 80%.
Particularmente a situação de Pernambuco chama a atenção dos pesquisadores pelo número de leitos já disponibilizados e a manutenção da taxa de ocupação considerada em patamar elevado. Outros doze estados permaneceram fora da zona de alerta.
A Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro alega instabilidade nos sistemas de report de dados do do Ministério da Saúde, por isso o estado não entrou na avaliação da Fiocruz.
Independentemente de se manterem fora da zona de alerta, os pesquisadores destacam ainda os aumentos nas taxas de São Paulo, que saltou de 35% para 49% e do Paraná, de 46% para 56%.
Entre as capitais com as taxas divulgadas, Fortaleza tem a maior ocupação de leitos com 85%, enquanto Goiânia e Brasília têm respectivamente 77 e 74% das unidades ocupadas.