No Paraguai, o Flamengo construiu uma importante vantagem sobre o Olimpia para o jogo de volta pelas quartas de final da Copa Libertadores.
Com gols de Arrascaeta, dois de Gabigol, e mais um de Vitinho, o Rubro-Negro carioca pode até perder a partida de volta no Mané Garrincha por por 3 a 0, que mesmo assim vai à semi final da competição.
A vantagem só não é maior porque Iván Torres marcou o gol de honra dos paraguaios.
O jogo teve de tudo um pouco: gols, paralisação por ambulância em campo, falhas, intervenção do VAR, expulsão anulada.
Apoiado pelos cerca de 2 mil torcedores presentes, o Olimpia não se intimidou diante do Flamengo e tentou pressionar o rival no início da partida. Os primeiros 10 minutos foram de muita disposição e uma chance para cada lado.
A primeira foi com Bruno Henrique partindo pela direita e encontrando Gabigol dentro da área. Aguilar fez grande defesa na finalização do camisa 9, mas o impedimento foi marcado. Na sequência, a marcação do Olímpia atrapalhou a saída de Diego Alves, e a bola cruzou a área duas vezes antes da zaga limpar.
Com a bola nos pés, o time de Renato Gaúcho já dava indícios da superioridade quando Gabigol recuou para a intermediária e, ao girar, quebrou a marcação do rival. Bruno Henrique disparou, recebeu e serviu Arrascaeta que, livre e com categoria, abriu o placar aos 15 minutos. Um golaço típico do trio rubro-negro.
A “loucura” no estádio Manuel Ferreira começou após o choque entre Arrascaeta e Salazar. De forma involuntária, o camisa 14 do Fla acertou o rosto do adversário, que levou a pior e precisou ser levado de ambulância. O jogo ficou parado por 10 minutos e, ao ser reiniciado, os ânimos estavam acirrados.
A partir disso, sobraram entradas duras, as quais foram marcadas pelo juiz, empurra-empurra entre os atletas e outras tantas tentativas de cavar faltas. Quando o Flamengo se preocupava em ter a bola e jogar, não passava sustos.
Por outro lado, o Olimpia só ameaçava quando a zaga rival vacilava em meio à correria. O problema é que Diego Alves e os zagueiros mostraram-se inseguros.
Apesar de o Olimpia tentar impor um jogo mais físico, o árbitro tinha o controle da partida até os 52 minutos. Filipe Luís derrubou Sosa na entrada da área e recebeu o segundo cartão amarelo. O primeiro havia sido dado há seis minutos, quando o lateral trocou empurrões com Derlis González após tentar sair jogando rápido.
Os árbitros de vídeo, então, entrou e ação e Fernando Rapallini foi à TV. Ao assistir um lance na origem da jogada, marcou pênalti em cima de Arrascaeta, voltou atrás e cancelou o cartão amarelo para Filipe Luís, de volta ao jogo. A penalidade ocorreu em pisão na ponta do pé uruguaio. Um capricho do VAR.
Quando a bola está na marca do pênalti e Gabigol é quem vai cobrar, a torcida do Flamengo já comemora. A cobrança calma, deslocando o goleiro, confirmou a festa rubro-negra, que, aos 56 minutos, festejava a vantagem de 2 a 0 no placar.
Contudo, o primeiro tempo ainda não havia terminado. Oltávaro levantou a bola na área do Flamengo aos 58 e, depois de tanto insistir, a zaga deu ao Olimpia o gol. A hesitação de Léo Pereira bagunçou a defesa, e Iván Torres descontou. Finalmente, após 60 minutos, o árbitro encerrou a primeira etapa.
O intervalo passou rápido, e, logo no início da etapa final, o trio do Flamengo voltou a decidir. Arrascaeta avançou pelo meio e encontrou Bruno Henrique na entrada da área. O chute foi ruim, mas na direção de Gabigol, que só desviou para fazer 3 a 1 aos 6 minutos. A marcação do Olimpia ficou só olhando, não pressionando nenhum dos três.
A partida ficou a gosto do Flamengo. O Olímpia sentiu, as substituições não surtiram efeito e as chances de gol até os minutos finais foram só da equipe rubro-negra. Já parecia que o time ia desperdiçar a chance de trazer para o Brasil uma vantagem ainda maior, até que Gabigol foi lançado e partiu até a área. Cara a cara com Aguilar, o camisa 9 rolou para Vitinho, que só precisou empurrar para o fundo do gol: 4 a 1, aos 45, e fim de jogo em Assunção.