O Ministério Público de Goiás denunciou os ex-prefeitos Cristóvão Tormin, de Luziânia, e Sônia Chaves, de Novo Gama, cidades do entorno goiano do Distrito Federal por usar indevidamente, em proveito próprio, ou alheio, bens e serviços públicos.
De acordo com a apuração a prefeitura de Luziânia teria financiado e executado uma obra na ponte sobre o córrego Furriel, localizado em Novo Gama, numa via que dá acesso a uma propriedade do então secretário de desenvolvimento urbano luzianense, Walter Roriz de Queiroz, também denunciado.
Após o flagrante e a denúncia feitas pelos vereadores Cristovan Machado (PRTB), de Novo Gama, e Eliel Júnior (SD), de Luziânia, os ex-prefeitos das duas cidades teriam dado início a uma espécie “operação esquenta” para dar ar de legalidade ao suposto convênio entre as duas cidades, com a participação da ex-chefe da divisão de convênios Luzianense, Leidiene Gonçalves Souza Costa, o ex-secretário de obras novo-gamense, Marinaldo Almeida, Nascimento e César Gomes de Castro, além dos já citados.
Conforme a representação do promotor de Justiça Julimar Alexandro da Silva, entre dezembro de 2018 e março de 2019, o grupo teria aproveitado dos cargos públicos, para inserir declarações falsas em documentos cobrir as ilegalidades.
Sobre o convênio, o promotor relatou que "Não foram juntados pareceres e projetos relacionados à transação, nem mesmo foi apresentada análise sobre a necessidade de licitação"
para justificá-lo.
Julimar Alexandro afirma ainda que ao aceitar realizar os serviços, a Prefeitura de Luziânia ignorou os problemas de infraestrutura da cidade não enfrentados "sob a alegação de falta de verbas, servidores, entre outros"
e utilizou esses mesmos recursos, supostamente escaços, com a finalidade de beneficiar o ex-secretário Walter Roriz, já que a obra auxiliaria no acesso a uma empresa na propriedade rural que lhe pertence.
O promotor complementa dizendo que ao ser ouvido, o ex-secretário de Luziânia, Walter Roriz, "alegou que a fazenda, a qual a ponte daria acesso, era de sua família. Porém, tinha sido vendida para a empresa Sabaru Participações e Empreendimentos. Entretanto, conforme documento da Receita Federal, ele figura como sócio e responsável por essa mesma empresa".
O Jornal Opinião do Entorno não conseguiu fazer contato com os citados para que eles comentassem.