Conteúdo editado em 06 de outubro de 2022 à 16h18
Ao menos 37 pessoas, a maior crianças morreram nesta quinta-feira (06) durante um massacre em uma creche no nordeste da Tailândia.

Foto: Reprodução (Reuters / BBC News Brasil)
A polícia afirma que o autor do ataque, um ex-policial, armado com uma espingarda, uma pistola e uma faca, cometeu o atentado, fugiu da cena do crime, matou a própria família e depois se suicidou na província predominantemente rural de Nong Bua Lamphu.
Entre os mortos estão pelo menos 22 crianças, algumas tinham apenas dois anos e foram atacadas enquanto dormiam. Cerca de 12 pessoas ficaram feridas e foram levadas para o hospital local.
De acordo com a polícia, o ex-policial invadiu a creche por volta de 12h30. Ele efetuou disparos com armas de fogo e esfaqueou as vítimas antes de fugir em uma caminhonete com placa de Bangkok.
A polícia afirmou que o ex-policial, identificado como Panya Kamrab, de 34 anos, foi demitido no ano passado por uso de drogas. E que ele teria ficado agitado ao chegar à creche e descobrir que seu filho não estava lá.
Em seguida, ele teria aberto fogo e jogado o carro contra um grupo de transeuntes, antes de voltar para casa e matar a esposa e o filho, segundo informou o porta-voz da polícia, Paisan Luesomboon.
"O atirador chegou por volta da hora do almoço e disparou primeiro contra quatro ou cinco funcionários da creche"
, contou Jidapa Boonsom, uma autoridade local que trabalhava nas proximidades, à agência de notícias Reuters.
Entre esses funcionários, estaria uma professora grávida de oito meses.
“A princípio, as pessoas pensaram que eram fogos de artifício”, disse Boonsom, acrescentando que o atirador forçou a entrada em um quarto trancado onde as crianças estavam dormindo.
O primeiro-ministro tailandês, Prayuth Chan-ocha, descreveu o ataque como “um evento chocante” e ordenou uma investigação imediata. Ele prestou suas “mais profundas condolências às famílias dos mortos e feridos“.
Ainda de acordo com a polícia, o ex integrante da corporação morava na região e havia sido tenente-coronel antes de ser demitido no ano passado por uso de drogas.
Um professor que sobreviveu ao ataque disse à Thairath TV, rede de televisão tailandesa, que o atirador costumava deixar o filho na creche e parecia educado.
Massacres deste tipo são raros na Tailândia, embora as taxas de posse de armas sejam relativamente altas para a região.
Armas ilegais também são comuns no país do sudeste asiático, segundo a agência de notícias Reuters.
O ataque à creche aconteceu menos de um mês depois que um oficial do exército matou dois de seus colegas em uma base em Bangkok.
Em 2020, um soldado matou 29 pessoas e feriu outras dezenas na cidade de Nakhon Ratchasima.
Conteúdo: BBC NEWS Brasil