As tarifas impostas aos produtos chineses que entram nos EUA são de 145% e não de 125% como havia sido informado anteriormente, esclareceu a Casa Branca nesta quinta-feira (10).

Na quarta-feira (9), Trump anunciou que aumentaria a taxa para 125%, no entanto, o governo americano confirmou que esse valor não incluía uma tarifa pré-existente de 20%, que era imposta anteriormente a países que, segundo os EUA, produzem o medicamento fentanil, que estaria no centro de emergência de saúde pública no país.
Essa tarifa está sendo adicionada ao que é aplicado agora à China, o que eleva o total de tarifas americanas aplicadas a Pequim para 145%.
Ao mesmo tempo, entraram em vigor nesta quinta tarifas retaliatórias da China de 84% sobre todas as importações dos EUA. Esse percentual foi anunciado antes do esclarecimento prestado pela Casa Branca.
Diante das incertezas, os mercados de ações tiveram reações opostas nos EUA e na Europa e Ásia.
Após registrar um dos seus melhores dias de negociação da história na quarta-feira (9), o mercado de ações dos EUA registra queda nesta quinta-feira (10), sinalizando que a empolgação diminuiu com o recuo do presidente Donald Trump em sua política de tarifas.
A reação positiva inicial parece dar lugar à incerteza à medida que as empresas descobrem o que a pausa de 90 dias para países afetados por tarifas mais altas significa para elas.
O índice S&P 500, que reúne as maiores empresas listadas em bolsa nos EUA, abriu em queda de 2,1% e já ultrapassa 4%. Na quarta-feira, o índice subiu 9,5%, maior alta desde 2008.
O índice Dow Jones também caiu 5% nesta quinta, e o Nasdaq registrou queda de quase 6%.
No Brasil, o Ibovespa, principal indicador das ações negociadas nas bolsas, encerrou a quarta-feira com forte alta de 3,12%, mas abriu recuando na quinta. O dólar, por sua vez, deu uma leve recuada na quarta-feira, depois de passar de R$ 6,00, e fechou em R$ 5,84.
Conteúdo original da BBC Brasil