Servidores da saúde de Valparaíso de Goiás foram surpreendidos nesta sexta-feira (06) por um suposto comunicado da Instituição que agora cuida dos contratados e credenciados, informando que os salários e benefícios deles não seria pago e pedindo paciência.
Desde o dia 08 de Julho, o prefeito de Valparaíso e Goiás, Pábio Mossoró (MDB), terceirizou a gestão de pessoal não concursado em um contrato controverso de R$ 29,6 milhões com a Associação Saúde Em Movimento, por apenas cinco meses e vinte e três dias, terminando exatamente quando finaliza o seu mandato.
Trabalhadores da saúde dizem que o comunicado do atraso de seus salários e benefícios teria chegado ao conhecimento deles através da rede social, sem uma previsão de regularização e com um pedido de paciência.
"Nós estávamos acostumados a receber no último dia do mês trabalhado, e agora vem essa notícia de atraso sem previsão, e o pior, no finam do mandato de um prefeito que não vai voltar que passou nossos contratos para uma instituição a preço de ouro", disse uma servidora que não quis se identificar e completou:
"A nossa expectativa para os próximos meses não são boas não, ele (o prefeito) está saindo e parece que o dinheiro está indo junto."
Impacto nas eleições
Candidatos a vereador aliados do prefeitável Marcus Vinícius (MDB), apoiado pelo atual prefeito da cidade, Pábio Mossoró, temem não somente a repercussão da notícia, mas também o sinal que o fato estaria mandando para o meio político, de que o gestor estaria agora concentrado apenas no que chamam de “negócios políticos”, sem preocupação com os efeitos.
"Os candidatos ligados à saúde estão sendo cobrados desde ontem por suas bases, mas talvez isso nem seja o pior. O pior é que estamos fazendo uma campanha muito abaixo do que a gente estava esperando e observando esse tipo de negócio do prefeito. É muito dinheiro", comentou um candidato a vereador governista ligado ao seguimento de saúde na condição de anonimato.