Na última segunda-feira (09), o empresário Renildo Lima, proprietário da Voare Táxi Aéreo e marido da deputada federal Helena Lima (MDB-RR), foi preso pela Polícia Federal (PF) em uma operação que investiga compra de votos e associação criminosa.
A prisão de Renildo chamou atenção pelo fato de que parte dos R$ 500 mil apreendidos estava escondida em sua cueca. Além do empresário, outros cinco indivíduos foram detidos, incluindo dois policiais militares do Batalhão de Operações Especiais (Bope).
O grupo é suspeito de participar de um esquema de compra de votos, e a relação lucrativa de Renildo com o governo federal através de sua empresa Voare Táxi Aéreo levantou ainda mais suspeitas sobre o uso indevido de influência política e possíveis práticas ilícitas. Desde que Helena Lima assumiu o cargo de deputada federal em 2023, a empresa Voare registrou um aumento de mais de 300% em seus contratos com a União.
Apreensão
Durante a operação, Renildo foi flagrado com uma quantia considerável em dinheiro, parte dela escondida de forma inusitada. A descoberta de que ele carregava R$ 500 mil, uma parte nas roupas íntimas, alimentou especulações sobre a origem dos valores e as intenções do empresário.
A empresa Voare, da qual Renildo é dono junto com sua filha Eduarda, teve um crescimento expressivo desde que Helena começou sua carreira política. Em 2023, a empresa firmou contratos governamentais que totalizaram R$ 53,3 milhões, um recorde em 14 anos. Já em 2024, os contratos dispararam para R$ 211,5 milhões, sendo a maioria destinada a projetos de assistência à saúde de povos indígenas Yanomami.