O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, anunciou nesta segunda-feira (28) que vai renunciar ao cargo, premissa o que abre caminho para que ele dispute as eleições deste ano e que vai permanecer no PSDB.
A decisão do peessedebista vem no momento em que uma ala da legenda se posiciona contra a candidatura de João Doria, que venceu as prévias justamente contra Eduardo Leite, mas está encolhendo nas pesquisas e tem a terceira maior rejeição entre os pré-candidatos ao Planalto, atrás apenas do atual presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Lula (PT).
O gaúcho tinha a possibilidade de migrar para o PSD, convidado pelo presidente, Gilberto Kassab, para concorrer à Presidência da República pelo partido, o que representaria um desgaste para o tucanato.
Cercado de secretários, Eduardo Leite evitou declarar se ainda pretende ser candidato ao Planalto ou se vai concorrer a outro cargo em outubro.
A decisão de não mudar de partido foi comunicada no domingo a Kassab em um telefonema. Leite também ligou para Doria antes do anúncio e disse que vai respeitar o resultado da eleição interna, porém, conforme apuração do Estadão, alegou não poder “controlar o movimento de outros"
.
"(Leite) tomou a decisão certa ao ficar no partido. É a melhor decisão que um democrata pode ter"
, afirmou Doria, que chama a possibilidade de reversão das prévias peessedebista de golpe.
"Não estou dando adeus
(ao governo do RS)
, estou me apresentando ao País"
, disse Leite em entrevista coletiva na ala residencial do Palácio Piratini, sede do governo gaúcho. "Não se trata de um projeto pessoal, senão eu tinha escolhido um outro caminho que me foi oferecido"
, completou com a mensagem de que se a candidatura fosse o mais importante, a filiação ao PSD resolveria a questão.