Ibovespa registra alta; mercado financeiro está atento ao conflito no Oriente Médio e na reunião do Copom, na quarta (18)

O dólar fechou em queda nesta segunda-feira (16), cotado a R$ 5,4855, no menor valor de fechamento desde 7 de outubro do ano passado, quando encerrou em R$5,4865, e pela primeira vez no ano abaixo de R$5,50.
Enquanto isso, o Ibovespa, principal índice da B3, registrou alta de 1,49% no fim do pregão, aos 139.255 pontos.
A variação negativa da moeda norte-americana ante o real ocorreu desde os primeiros negócios do dia.
O valor da divisa para viajantes também caiu. O dólar turismo acompanhou o movimento do dólar comercial e recuou 0,90%, comprada por R$ 5,524 e vendida por R$ 5,704.
O resultado é atribuído por especialistas às expectativas sobre a guerra no Oriente Médio.
O confronto entre Israel e Irá chegou ao quarto dia nesta segunda-feira, sem previsão de cessar-fogo.
Especialistas apontam também os impactos indiretos da guerra; na semana passada, a escalada das tensões fez os preços do petróleo dispararem mais de 8%, em meio à preocupação sobre a interrupção do fornecimento da commodity.
Também influenciaram na queda do dólar a expectativa do mercado em relação à tramitação das medidas para compensar o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), nesta quarta-feira (18), que definirá a taxa Selic.
Copom
Nesta quarta, o Banco Central do Brasil (BC) e o Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, definem as taxas de juros de seus respectivos países. O dia está segundo chamado de Superquarta.
Por aqui, o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado a prévia do PIB, mostrou que a economia cresceu 0,2% em abril, acima das expectativas do mercado, apesar da desaceleração.
Os economistas também reduziram sua estimativa de inflação para este ano, de 5,44% para 5,25%.
Diante do cenário, o mercado está dividido sobre a decisão do Copom. A maioria dos especialistas espera manutenção dos juros em 14,75%. Outros, preveem alta de 0,25 ponto porcentual, a 15%.
O fato é que a decisão do Copom em relação à taxa Seli c, na quarta-feira, é uma das mais indefinidas dos últimos anos, na visão de analistas e investidores.