Nesta sexta-feira (10), o ditador Nicolás Maduro, tomou posse para seu terceiro mandato como presidente da Venezuela após uma eleição contestada e certificada sem a apresentação dos comprovantes de sua vitória.

Enquanto o ditador foi declarado vencedor das eleições pela corte eleitoral venezuelana, completamente aliada e sem a apresentação das atas de votação, o candidato da oposição, Edmundo González, se declarou o verdadeiro eleito, apresentando esses documentos de diversas zonas eleitorais que, somadas, lhe davam mais de 67% da preferência dos eleitores.
Diante do conflito de informações, diversos países e organizações, contestaram o resultado oficializado. O Brasil, por exemplo, condicionou o reconhecimento de Maduro como presidente a apresentação das atas, o que não ocorreu e mesmo assim compareceu à cerimônia de posse, num ato dúbio, criticado principalmente pela contradição com o ‘abraço à democracia realizado dois dias antes na praça dos três poderes.
Internamente a disputa eleitoral gerou protestos da oposição em várias cidades venezuelanas, com milhares de pessoas indo às ruas exigir transparência no processo eleitoral. As manifestações foram acompanhadas de confrontos com a polícia, e em resposta, o governo de Maduro lançou ataques repressivos severos, com mais de 2.000 prisões, incluindo de menores de idade, logo após a votação.
Desde as eleições de julho de 2024, a repressão aos opositores se intensificou, com pelo menos 2.400 pessoas presas e 24 mortes confirmadas por organizações de direitos humanos.