Desemprego – Empresas podem deixar Valparaíso por negligência da prefeitura

Sem os alvarás da vigilância sanitária, empresas que empregam centenas de pessoas em Valparaíso de Goiás e geram milhões em impostos por ano, podem deixar a cidade.

Segundo os empresários, algumas atividades, como o comércio de produtos médicos hospitalares, precisam do alvará da vigilância para desempenhar suas atividades.

"Acontece que esse alvará vence no último dia do ano (31 de dezembro) e a gente passa todo o mês de janeiro e um pedaço de fevereiro a espera da definição da taxa de renovação, perdendo faturamento e levando um prejuízo, que não dá mais para a gente arcar", disse um desses empresários que pediu anonimato.

A Unidade Financeira de Valor de Valparaíso (UFIV), que corrige e define as taxas, precisa ser aprovada pela Câmara Municipal após o envio da prefeitura, que, segundo os empreendedores, nunca se antecipa ao recesso parlamentar, fazendo com que o tema seja apreciado apenas em fevereiro.

"O pessoal da Susfim e da vigilância falam que a gente pode trabalhar tranquilo, que a fiscalização não vai bater na nossa porta, mas a gente não pode trabalhar no improviso, na maracutaia como eles", disse o mesmo empresário, que completou:

"Em outros lugares a coisa é levada a sério, e nossos negócios não se limitam a Valparaíso, nossos fornecedores também não nos atendem sem o alvará da vigilância."

Algumas atividades, como a de comércio de produtos médicos hospitalares, que fatura cerca de R$ 100 milhões por ano e emprega diretamente cerca de 100 pessoas na cidade, precisam apresentar o Alvará da Vigilância Sanitária tanto para seus clientes, normalmente do setor público, quanto para seus fornecedores, que só podem vender à empresas habilitadas.

"Nós vamos ter que avaliar se vamos querer arcar com esse prejuízo no ano que vem, talvez seja melhor mudar de cidade", lamentou o empresário.

Consultada, a prefeitura de Valparaíso não retornou ao contato do Jornal até o fechamento da matéria.