A sete anos à frente da prefeitura de Valparaíso de Goiás, com orçamentos recordes, cujos as previsões ultrapassam a casa dos R$ 4 bilhões, Pábio Mossoró não teria resolvido nenhum problema estruturante da cidade, que ao contrário disso, vem piorando em todos os setores.
Às vésperas das eleições e pretendendo emplacar um sucessor, mas com a cidade mergulhada em problemas, como a falta infraestrutura, aliados do prefeito de Valparaíso de Goiás, Pábio Mossoró (MDB), se empenham nas redes sociais para transferir as culpas das deficiências da gestão municipal para a deputada federal Lêda Borges (PSDB), a quem consideram como adversária.
"A turma do prefeito passa o dia inteiro na baixaria, dando desculpas esfarrapadas nos grupos de WhatsApp, no Instagram e Facebook, culpando os outros pela buraqueira na cidade, pelas enxurradas e tentam fazer a gente esquecer que o Pábio é prefeito a 7 anos e teve muito dinheiro, mas muito dinheiro mesmo, para fazer o que a precisava, e mesmo assim não fez nada que preste", pontuou o morador Marcos, que acompanhou uma discussão no aplicativo de mensagens.
Ele se referia a publicação de um vídeo, compartilhado por um servidor da deputada Zeli, na Assembleia Legislativa de Goiás (ALEGO), e produzido por um apoiador do prefeito Pábio, em que ele próprio chama de “retórica” suas afirmações de que a federal não contribui com a cidade.
Na publicação o apoiador de Mossoró distorce um vídeo postado pelo morador Carlos Panela, que cobrava a boa execução de obras no Setor de Chácaras Anhanguera. O pabista questiona os envios de emendas parlamentares da deputada Lêda Borges, como se elas fossem a solução para os problemas do bairro e omitindo que a prefeitura recebeu R$ 48,7 milhões do empréstimo de R$ 70 milhões, para tocar o empreendimento de R$ 61,94 milhões.
Mais tarde o próprio prefeito Pábio Mossoró entrou na “baixaria”, como descreveu o morador, e insuflou a alegada narrativa de seu apoiador, questionando uma emenda de R$ 6 milhões encaminhada pela parlamentar.
Pábio também teria usado da artimanha de “esquecer” que a parlamentar destina e que o executivo repassa o recurso no exercício financeiro do ano seguinte. Mossoró tanto sabe desse andamento técnico, que na sequência deixa de responder o questionamento de outro morador sobre as emendas da sua aliada e companheira de chapa, deputada Zeli Fritsche.
"Antes de cobrar qualquer um, o prefeito tem que prestar contas do tanto de dinheiro que a cidade teve para fazer as coisas e não foi feito, ainda mais que ele não fez uma obra tão cara como essas (do Consórcio Anhanguera), mesmo tendo o dinheiro na conta", se indignou o senhor Marcos, que completa perguntando:
"Cadê essa dinheiro todo?"