O delegado Victor Neves Feitosa Campos, responsável pelo inquérito sobre o ataque hacker ao sistema do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em 2018 disse que não encontrou indícios de que o crime tenha alcançado a possibilidade de manipular e fraudar votos, nem mesmo de violar a integridade das urnas.

Foto: Reprodução (Facebook @jairmessias.bolsonaro)
A declaração do delegado, feita em depoimento à própria PF e contradiz o discurso do presidente Jair Bolsonaro proferido durante reunião com embaixadores estrangeiros.
Victor Campos prestou o depoimento na investigação que apura a disseminação de Fake News contra as instituições democráticas, aberta e conduzida pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
"Segundo o TSE, os hackers ficaram oito meses dentro do computador do TSE, com código-fonte, senhas, muito a vontade dentro do TSE. E (a PF) diz, ao longo do inquérito, que eles poderiam alterar nome de candidatos, tirar a foto de um e mandar para outro"
, disse Bolsonaro aos diplomadas de cerca de 40 países.
Essa não foi a primeira vez que o presidente proferiu essa desinformação contra as urnas eletrônicas. Em 4 de agosto do ano anterior, Bolsonaro divulgou cópias da investigação durante uma de suas Lives, como um suposto ingrediente técnico às suas teorias conspiratórias.