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Corrupção – Prefeito Pábio Mossoró tem mais dois vereadores aliados alvos de pedido de cassação

A saga de escândalos de corrupção, que permeiam as gestões do prefeito de Valparaíso de Goiás, Pábio Mossoró (MDB), tem dois novos capítulos com as denúncias e pedidos de cassação dos vereadores Plácido Cunha (Avante) e Flavio Lopes (MDB).

Nas pontas os vereadores acusados de corrupção, Flávio Lopes (MDB) e Plácido Cunha (Avante), e no meio o prefeito Pábo Mossoró (MDB) / Foto: Reprodução (Facebook @placidocunha)

Só na Câmara Municipal, Mossoró já contabiliza dois parlamentares cassados, além do Portela, condenado por compra de votos, o vereador Paulo Brito (PSC) foi flagrado em vídeos cobrando propina num esquema, segundo o Ministério Público, instalado na Superintendência de Arrecadação Tributária durante seu governo.

Após ser preso e impedido pela justiça de entrar na Câmara Municipal, Paulo Brito também teve seu mandato cassado, mas não antes de alegada protelação da mesa diretora da Casa Legislativa valparaisense.

Agora os dois ex-presidentes da Câmara são acusados de participarem e ou liderarem um esquema de contratação de empresas fantasmas para desvio de recursos públicos.

De acordo com as denúncias feitas pela vereadora Cláudia Aguiar (PSDB) e o cidadão Adriano Rodrigues a empresa Hans Roosevelt Argolo de Souza, CNPJ 45.118.198/0001-40, não teria condições de fornecer os bens relacionados no contrato 012/2023 e funcionaria apenas como “fachada” para o desvio de recursos públicos, supostamente operado por servidores nomeados em cargos de confiança.

Entre os documentos apresentados na denúncia 202300367992 feita ao Ministério Público pelo morador Adriano Rodrigues, está o CNPJ da empresa suspeita, onde o telefone e o e-mail informados no cadastro estão em nome de Inaldo de Sena Correa, servidor nomeado na Câmara Municipal como Assessor Parlamentar 02 desde 22 de novembro de 2021 pelo então presidente da casa, Plácido Cunha.

Em uma checagem dos contatos cadastrados no CNPJ da empresa fornecedora, o morador ligou para o telefone e quem atendeu teria sido de fato o servidor Inaldo de Sena.

Ouça:

Noutro áudio, a vereadora Cláudia Aguiar, e o cidadão Adriano Rodrigues visitaram o endereço que consta no registro da empresa e foram atendidos pelo senhor Anderson, que confirmou ser irmão de Hans Roosevelt e negou que ali funcione uma empresa:

"E a Câmara aceitou sem verificar nada?", questionou o senhor Anderson

Ouça:

Dois dias após a primeira denúncia, o presidente da Câmara Municipal valparaisense, vereador Flávio Lopes (MDB), assinou o distrato com a empresa.

Em resposta ao jornal, o vereador Plácido Cunha disse que não teve acesso ao teor das acusações, enquanto Flávio Lopes não comentou.

Processo de cassação

As denúncias já foram aceitas pelo corregedor da Câmara, vereador Édson Nunes (Podemos), porém a instalação da Comissão Especial de Inquérito (CEI), que pode apurar os fatos de corrupção supostamente cometidos pelos parlamentares, está travada na Comissão de Ética, a espera do parecer do relator, Zequinha do São Bernardo (PL), membro da base aliada do prefeito ao lado dos acusados.

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