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Copom mantém Selic em 15% e sinaliza a manutenção dos juros altos por mais tempo

Comitê do Banco Central decide pela terceira manutenção seguida da taxa básica

Copom mantem Taxa Selic em 15% e indica cenário persistente / Foto: Reprodução (Economic News Brasil)

O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central decidiu nesta quarta-feira (5) manter a taxa básica de juros, a Selic, em 15% ao ano.

É a terceira reunião consecutiva em que o colegiado opta por preservar o patamar atual, considerado o mais elevado em quase duas décadas.

A decisão, tomada por maioria simples entre os nove diretores da instituição, ocorre em meio à desaceleração parcial da inflação e à pressão do governo por redução do custo do crédito.

O anúncio foi feito após dois dias de reunião, iniciada na terça-feira (4) com apresentações técnicas sobre o desempenho da economia, inflação e mercado de trabalho, e concluída nesta quarta com a votação da meta de juros.

No comunicado divulgado às 18h, o Copom afirmou que o cenário global ainda é marcado por incertezas, especialmente pela condução da política econômica dos Estados Unidos e por tensões geopolíticas.

“Tal cenário exige particular cautela por parte de países emergentes”, informou o texto.

No plano interno, o comitê destacou que os indicadores econômicos mostram uma moderação no crescimento da atividade, mas que o mercado de trabalho “ainda mostra dinamismo”.

Apesar de alguma desaceleração recente, “a inflação cheia e as medidas subjacentes mantiveram-se acima da meta”.

As projeções apresentadas pelo Copom indicam expectativa de inflação de 4,6% em 2025, 3,6% no ano que vem e 3,3% no segundo trimestre de 2027, segundo a Tabela 1 do documento oficial.

A meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

O comitê afirmou que o cenário atual “segue sendo marcado por expectativas desancoradas, projeções elevadas, resiliência na atividade econômica e pressões no mercado de trabalho”.

Para assegurar a convergência dos preços à meta, o texto reforça a necessidade de uma política monetária em patamar significativamente contracionista por período bastante prolongado”.

Entre os riscos de alta para a inflação, o Copom apontou a possibilidade de uma “desancoragem das expectativas por período mais prolongado”, a “resiliência da inflação de serviços” e eventuais impactos inflacionários vindos de políticas econômicas interna e externa.

Entre os riscos de baixa, o comitê destacou uma possível desaceleração mais intensa da economia doméstica ou global e a redução dos preços das commodities.

O Copom também afirmou que acompanha os desdobramentos das tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos ao Brasil e os efeitos da política fiscal doméstica sobre a condução monetária.

“O cenário atual, marcado por elevada incerteza, exige cautela na condução da política monetária”, destacou.

De acordo com o boletim Focus, divulgado pelo Banco Central, as expectativas de inflação estão em 4,55% para este ano e 4,20% para o ano que vem, ambas acima do centro da meta.

O IPCA-15 de outubro registrou alta de 0,18%, abaixo dos 0,48% de setembro.

Integrantes da reunião

Copom avaliou que manter os juros no nível atual “é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante”.

Segundo o colegiado, a decisão “implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego”.

“Os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados, e o comitê não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso julgue apropriado”, concluiu o comunicado.

Participaram da decisão os seguintes membros:

  • Gabriel Muricca Galípolo (presidente);
  • Ailton de Aquino Santos;
  • Diogo Abry Guillen;
  • Gilneu Francisco Astolfi Vivan;
  • Izabela Moreira Correa;
  • Nilton José Schneider David;
  • Paulo Picchetti;
  • Renato Dias de Brito Gomes;
  • e Rodrigo Alves Teixeira.

A ata completa da 274ª reunião será divulgada na próxima terça-feira (11), às 8h, no site do Banco Central.

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