Uma troca de mensagens entre o chefe de gabinete do ministro da Saúde, João Lopes de Araújo Júnior e a secretária de Gestão do Trabalho, Mayra Pinheiro, conhecida como ‘capitã cloroquina’, que virou caso de polícia, revela uma conspiração no interior do governo Bolsonaro para derrubar o ministro Marcelo Queiroga
A ‘capitã cloroquina’ Entregou à Polícia Civil do Distrito Federal, prints de mensagens enviadas pelo assessor de Queiroga, no qual ele a acusa de estar conspirando com outros palacianos para derrubar o ministro. O caso foi revelado pela rádio CBN.
Supostamente preferida pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), por defender os medicamentos comprovadamente ineficazes para prevenção ou tratamento da Covid-19, Cloroquina e Ivermectina, por exemplo, Mayra estaria contando com o Ministro do Trabalho, Onyx Lorenzoni e até o ex-ministro da saúde, Eduardo Pazuello nas investidas contra Marcelo Queiroga.
“Você está tramando coisas terríveis. Tive informação de dentro do Palácio (do Planalto) sobre o que anda fazendo e falando, e você não tem qualquer lealdade ao ministro (Queiroga). Sei de todos os nomes envolvidos nessa tentativa de retirada do ministro”, escreve João.
“Você vai terminar é prejudicando muito o presidente. Estão se organizando para sabotá-lo para prejudicar a reeleição do presidente”, afirma ele.
Em resposta, a Capitã Cloroquina diz apenas que iria fazer um boletim de ocorrência.
Mayra já era secretária da pasta quando Queiroga se tornou ministro. Fontes do governo afirmam que ele tentou tirá-la, sem sucesso, da Secretaria de Gestão do Trabalho na esteira das denúncias sobre a distribuição de cloroquina e a crise de oxigênio de Manaus.
Veja as mensagens: