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Combate ao garimpo ilegal reduz 90% de internações de indígenas

Reportagem da TV Globo percorre 3.600 km, aponta queda drástica da mineração ilegal e melhora nos índices de saúde entre os indígenas

Equipe médica na Terra Yanomami / Foto: Reprodução

O programa dominical da TV Globo, Fantástico, percorreu 3.600 km na Terra Indígena Yanomami para avaliar as mudanças desde a declaração de emergência humanitária de maio de 2023, quando o recém empossado governo federal constatou o avanço ilegal do garimpo que provocou desnutrição e surtos de malária, COVID-19 e gripe na população tradicional, em Roraima.

Logo após a emergência, uma operação conjunta destruiu R$ 369 milhões em equipamentos de organizações criminosas e reduziu em 96,5% a atividade de extração ilegal dentro do território.

Atualmente as Forças Armadas usam drones com câmeras termais e lasers para localizar acampamentos ocultos na mata.

“A inteligência de imagens e sinais é muito importante para descobrirmos esses acampamentos”, explica o Tenente-Coronel Daislan Aguiar, à reportagem do Fantástico.

Apesar disso, segundo Nilton Tubino, diretor da Casa de Governo, o garimpo migrou das margens dos rios para o interior da floresta, dificultando a ação policial.

Impacto

Em 2024, os casos de malária aumentaram 10%, mas os óbitos caíram 42% em relação ao ano anterior.

Há dois anos, o posto de Surucucu chegava a internar mais de 100 pacientes e na última visita havia apenas 13 pessoas em tratamento.

“No primeiro mês em área, tínhamos média de 100 a 130 internados. Conseguimos reduzir em cerca de 90% após um ano de trabalho,” afirma o médico Fábio Rivelino.

A enfermeira Clara Opoxina relembra os piores momentos: “Era uma cena de guerra, muitas pessoas debilitadas e desnutridas. A gente tinha pouco tempo para comer, dormir. Houve tempos em que eu saía do barraco para chorar.”

Há um mês, ela inaugurou um nono posto provisório na Aldeia de Minau, erguido pelos próprios indígenas, para atender casos emergenciais.

O relatório do Ministério da Saúde revelou 337 mortes de indígenas em 2024, 21% a menos do que em 2023, mas números semelhantes aos de 2022, antes da operação.

Segundo o documento, apenas agora equipes conseguem acessar áreas antes ocupadas pelo garimpo e registrar óbitos ocorridos no passado.

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