Atrasado em meia hora pela tempestade de granizo que caiu na capital paulista, o primeiro dérbi de 2025 entre as duas equipes terminou empatado por 1 a 1.

No Allianz Parque, Palmeiras e Corinthians fizeram um jogo de bom nível técnico, más morno. O time alviverde foi superior, dominou a maior parte do clássico, tentou de todas as maneiras, mas foi ineficiente. A equipe alvinegra, mais competente em sua estratégia, segurou o rival e voltou pra casa com um ponto. Estêvão parou em Hugo Souza e perdeu nos acréscimos o pênalti que daria vitória aos anfitriões.
Maurício marcou para os palmeirenses e Yuri Alberto, este que deixou o seu time com 10 ao ser expulso arrancou o empate no clássico, permeado por provocações dentro e fora de campo. Antes do jogo a cabeça de um porco, mascote do alviverde, foi arremessada perto de uma das entradas do Allianz Parque.
O jogo
A fim de dar uma resposta ao seu torcedor, o Palmeiras, ligado e interessado, imprimiu ritmo forte, encurralou o Corinthians e deu sinais de que construiria uma vitória até tranquila. Foi grande o volume de jogo e a marcação estava ajustada, impedindo que saísse em contra-ataques perigosos o rival alvinegro.
O gol cedo, marcado por Maurício, aos nove minutos, em chute seco após bonito lançamento de Piquerez, reforçou a impressão de que os anfitriões não dariam brechas aos visitantes. O meia-atacante é o maior protagonista palmeirense em 2025 e o artilheiro na temporada: são quatro gols em cinco partidas.
Ocorre que Richard Ríos devolveu o Corinthians ao jogo com um erro primário. Talvez por excesso de confiança, o colombiano, único volante escalado do Palmeiras desde o início, resolveu driblar no campo defensivo e perdeu a bola para Depay. Inteligente, o holandês colocou Yuri Alberto na cara do gol. Desta vez o camisa 9 não perdeu. Foi à rede com uma conclusão rasteira e correu para chutar a bandeira palmeirense fincada no escanteio.
Estêvão, Veiga, Maurício e Facundo, além de Gómez, que não raro vai ao ataque, foram protagonistas das tentativas palmeirenses para retomar a vantagem no placar no segundo tempo. Mas o Corinthians resistiu com 11 e com 10, depois da expulsão de Yuri Alberto em um ato de pouco inteligência ao simular uma falta em dividida com Naves.
Foi difícil para o Palmeiras reencontrar o caminho do gol porque a estratégia não tinha se mostrado eficiente. Sem tanto repertório, o time de Abel Ferreira lançou mão de muitos cruzamentos à área. O problema é que não havia um centroavante para empurrar a bola para as redes. Rony, conhecido por sua deficiência técnica, está na lista de negociáveis e não tem sido relacionado. E Flaco López não estava nem no banco por opção do técnico português.
Sem um camisa 9 e sem criatividade, os anfitriões foram incapazes de vencer o bloqueio defensivo corintiano.
O empate é bom negócio para o Corinthians, dono da melhor campanha do Paulistão até aqui. São 19 pontos, fruto de seis vitórias e um empate na competição. É líder do Grupo A, com quatro pontos a mais que o Mirassol. O cenário é confortável e a classificação ao mata-mata, iminente.
Para o Palmeiras, o resultado é frustrante, considerando o bom desempenho, e ruim porque o time alviverde se mantém distante do líder de seu grupo, o São Bernardo, que tem 16 pontos. A equipe alviverde, como a Ponte Preta, tem 12 pontos.