Sem estoque, o município de Valparaíso de Goiás precisou recorrer à cidade vizinha de Novo Gama para pegar “balas de oxigênio” emprestadas e manter seus pacientes internados vivos.
O fato teria ocorrido na noite anterior quando os estoques de O2 chegaram quase a zero.
Atualmente 7 dos 10 respiradores da cidade estão sendo utilizados e dos 27 boxs destinados à pacientes com Covid-19, 24 estão ocupados, alguns aguardando transferência para hospitais com atendimento de alta complexidade. Já das enfermarias comuns, tanto o HMV quanto a UPA estão completamente lotados, há um único espaço disponível no CAIS.
“A falta de planejamento desse estoque de O2 já vem de tempos aqui em Valparaíso, toda vez, quando chega o fim de semana lá na UPA é assim, uma correria atrás do fornecedor porquê o oxigênio está acabando. Imagina agora que precisa mais?“, disse uma fonte da Secretaria Municipal de Saúde local.
Questionada ela informou que a desorganização continua a mesma ou até pior devido a necessidade crescente:
“Não mudou nada, agora estão correndo atrás porquê se faltar morre gente sem ar, e não sei se eles vão conseguir abafar uma morte dessas, mas agora, encima da hora? Não dá para resolver, tem uma fila lá no fornecedor“, comentou ela que completou, “Tinha que ter planejado isso antes“.
Em Novo Gama, o prefeito eleito recentemente, Carlinhos do Mangão (PL), foi às redes sociais pedir à população para que doassem ou emprestasse para prefeitura os vasilhames de Oxigênio, porventura sem uso nas residências ou empresas. O ato foi criticado pela oposição por, supostamente, dar ar de gravidade à situação, porém o aumento da capacidade de estocar o O2 garantiu à cidade, inclusive, socorrer Valparaíso e Cidade Ocidental.
Questionada sobre o ocorrido e a respeito do estoque de O2 na cidade, a prefeitura de Valparaíso de Goiás não se manifestou.