Nos últimos tempos, as notícias de demissões de funcionários, a não renovação de contratos com artistas, a contestação na justiça do valor cobrado pelo direito de transmissão da Copa do Mundo pela TV Globo vêm animando aqueles que, por uma gerra ideológica, torcem pelo fim da empresa.
Da esquerda, os lulopetistas, à direita, os bolsonaristas, muitos se apressam para dar destaque à crise e alguns vão além, já decretando a falência da gigante da comunicação em um futuro próximo.
A verdade é que, sim, o grupo Globo teve um prejuízo de R$ 114 milhões só no primeiro semestre de 2021 e a empresa já tinha apresentado um balanço no final do ano anterior com uma dívida de R$ 5,4 bilhões a vencer.
Essa conta era de R$ 3,7 bilhões em 2019.
Os vencimentos dessas dívidas serão em 2025, 2027 e 2030, porém a emissora tinha no final do ano passado caixa suficiente para quitar os compromissos: R$ 13,6 bilhões na conta, mais de duas vezes a quantia devida. Parte das reservas resultam de investimentos.
Com isso a resposta direta e reta aos inimigos da Globo é: “não, a empresa da família marinho não vai falir”, mesmo com a queda do lucro de 2019 a 2020 (de R$ 752,5 milhões para R$ 167,8 milhões) e da retração de janeiro a junho deste ano. A empresa está em situação confortável.
Conforme os números atuais “está tudo sob controle” e a perspectiva, mesmo diante do cenário pessimista da economia, a previsão é que a TV volte a ter desempenho positivo ainda no segundo semestre deste ano, em consequência da reestruturação da empresa com novas reduções de gastos e o anunciado aumento de verba publicitária dos grandes anunciantes, animados com o avanço do controle da pandemia.