Neste domingo (2), Claudia Sehinbaum se tornou a primeira mulher a assumir o cargo de presidente no México. A vitória foi anunciada pela projeção oficial preliminar dos votos realizada pelo Instituto Nacional Eleitoral (INE). A contagem aponta que ela teria obtido entre 58,3% e 60,7% dos votos, ficando à frente da opositora Xóchitl Gálvez, que teria alcançado a marca de 26,6% a 28,6%.
Formada em física pela Unam, universidade de prestígio no México, Sheinbaum teve a chance de construir uma carreira acadêmica antes de ingressar na política, fazendo pós-graduação em engenharia ambiental e posteriormente fazendo pós-doutorado na Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, e chegou a ganhar um Prêmio Nobel da Paz em 2007.
Na faculdade também Sheinbaum também conheceu o seu marido, Jesús Tarriba. Após se conhecer em 2007, eles se reencontraram em 2016 no Facebook e decidiram dar um novo passo no relacionamento em 2023 com o casamento.
Como estudante, Sheinbaum foi ativa politicamente, organizando greves contra o aumento de mensalidades, por exemplo, no ano de 1987. Seus pais eram esquerdistas e participaram das manifestações no México em 1968. Na ocasião, a Cidade do México parou em virtude dos protestos estudantis, até que policiais mataram cerca de 300 pessoas em uma praça a poucos dias dos Jogos Olímpicos iniciarem no país.
Na política, Sheinbaum deu o pontapé inicial como secretária de Meio-Ambiente da Cidade do México. Durante a pandemia da Covid-19, ela atuou como prefeita da capital nacional.
Durante a disputa contra Xóchitl Gálvez, Sheinbaum não a chamou pelo nome em nenhum dos debates, algo que chamou a atenção nos noticiários do país.