Artista morreu aos 50 anos neste domingo, 20, em Nova York, nos Estados Unidos

A cantora Preta Gil morreu neste domingo (20) em decorrência de um câncer de intestino e a repercussão do caso da artista provocou uma alta na busca por informações sobre a doença.
Também conhecido como câncer colorretal, o tumor maligno que se desenvolve no intestino grosso (cólón e reto) é uma doença tratável e, em muitos casos curável, quando detectada precocemente. A maioria dos tumores colorretais começa como pólipos, lesões benignas que podem crescer na parede interna do intestino grosso.
No caso de Preta Gil primeiro diagnóstico aconteceu em janeiro de 2023 e após o primeiro tratamento os exames indicaram a remissão do tumor. No ano passado, ela revelou que o câncer havia voltado em quatro partes diferentes do corpo: dois linfonodos, uma metástase que fica no peritônio e uma lesão no ureter.
De acordo com o médico Sergio Roithmann, chefe do Serviço de Oncologia do Hospital Moinhos de Vento (RS), quando ocorre uma recidiva de um tumor, são feitos exames para detectar o local e a extensão da recidiva. Se um câncer retorna após o tratamento inicial, isso significa que células tumorais já haviam se espalhado, de forma oculta e indetectável, no momento do diagnóstico inicial e resistiram a esse tratamento.
As células tumorais podem escapar do tumor original do intestino por vasos linfáticos e sanguíneos e chegar aos linfonodos e outros tecidos do organismo. Isso deu origem às recidivas nos linfonodos e no peritônio, que foram descritas pela cantora.
“A lesão no ureter, em geral, é derivada das lesões peritoneais. Isso tudo significa que será necessário um tratamento sistêmico para tentar eliminar todas essas células residuais, que aparentemente estão crescendo em diferentes locais. Às vezes, uma cirurgia também pode ajudar nesse quadro”, diz o oncologista.
O que é metástase?
Quanto à metástase, o especialista explica que ela é a disseminação do câncer a partir do tumor inicial. Algumas células cancerígenas têm a capacidade de se desprender da lesão original e invadir vasos sanguíneos. Nesses casos, elas podem se implantar em qualquer outro órgão do organismo.
O médico conta que, no caso do câncer de intestino, os locais mais frequentes para metástases são os linfonodos abdominais, o peritônio, o fígado e os pulmões. Entretanto, também é possível que outros locais, como os ossos e o sistema nervoso central, sejam afetados.
"Doenças metastáticas podem ser tratadas, mas sempre representam um desafio maior que o tratamento inicial. Quanto mais precoce o tratamento, maiores são as chances de cura", comentou o especialista.
O oncologista afirma que o tratamento do câncer de intestino metastático é bastante individualizado. Ele depende da extensão da recidiva, dos órgãos atingidos, das características da doença e do paciente como um todo.
Inicialmente o tratamento passa por uma avaliação detalhada das características das células tumorais. Em alguns casos, uma nova cirurgia pode ser o melhor tratamento. Atualmente, a avaliação mais decisiva é sobre a sensibilidade do tumor à imunoterapia.
“Temos testes que são feitos sobre o material da cirurgia inicial ou numa nova biópsia. Isso vai definir se o tratamento será baseado em imunoterapia ou quimioterapia. Temos outros tratamentos chamados de biológicos, que dependem de testes moleculares. Felizmente as alternativas de tratamento vêm aumentando nos últimos anos”, conta o especialista.
Sintomas:
Os sintomas podem variar dependendo do estágio e localização do tumor, mas alguns sinais comuns incluem:
- Sangue nas fezes;
- Alteraçoes no hábito intestinal (diarreia e constipação)
- Dor abdominal ou cólicas;
- Sensação de evacuação incompleta;
- Anemia;
- Perda de apetite;
- Emagrecimento inexplicável;
- Entre outros.








