A cúpula do Congresso esperava um recuo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), haja vista o movimento do seu ministro da casa civil, Ciro Nogueira (PP), que se reuniu com Luiz Fux, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), na tentativa de arrefecer a relação entre os poderes, porém foram frustrados.
O presidente Jair Bolsonaro cumpriu essa promessa e apresentou ao Senado Federal, no fim da tarde desta sexta-feira (20), um pedido de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
A solicitação foi protocolada digitalmente pela Presidência da República diretamente no gabinete do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e é assinado apenas por Bolsonaro a peça não possui a assinatura do ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), como seria usual.
O pedido contém 17 páginas, mas o arquivo protocolado no Senado é bem maior, com 102 páginas, incluindo cópias de documentos pessoais de Bolsonaro e alguns despachos de Alexandre de Moraes. O documento conta com firma reconhecida do presidente, em formalização ocorrida em um cartório da Asa Norte de Brasília.
A decisão de Bolsonaro ocorre no auge da tensão nas relações entre o Palácio do Planalto e o Supremo.