Em Buenos Aires desde quinta-feira (7), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) receberá tratamento de chefe de Estado neste domingo (10) durante a cerimônia de posse de Javier Milei como presidente da Argentina. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não comparecerá ao evento e será representado pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.

Bolsonaro já se encontrou com o argentino na sexta-feira (8), em reunião que contou também com a presença da ex-candidata à presidência e futura ministra da Segurança da Argentina, Patricia Bullrich, do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), do ex-secretário de Comunicação da Presidência, Fabio Wajngarten, e do presidente do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto.
Depois do encontro, Bolsonaro disse à imprensa que a reunião com Milei foi uma “conversa entre amigos”, e que eles falaram sobre “muitas amenidades”. "A equipe dele [Milei] está sendo formada muito parecido como nós formamos a nossa no Brasil, e não dá nem para comparar com a equipe do turista que é o Lula", disse Bolsonaro.
Além de se encontrar com o futuro mandatário argentino, Bolsonaro também se reuniu em Buenos Aires com o ex-presidente argentino Mauricio Macri e com o primeiro-ministro da Hungria, o ultradireitista Viktor Orbán. Nas redes sociais, Orbán chamou Bolsonaro de “bom amigo”.
Uma espécie de caravana de cerca de 50 bolsonaristas (incluindo deputados, senadores e governadores) acompanha o ex-presidente na viagem, mas não deve ter espaço nas cerimônias oficiais já que, além de Bolsonaro, apenas seu filho Eduardo foi formalmente convidado para a posse de Milei.
Os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), e do Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), também devem estar em Buenos Aires neste domingo.