Em busca de reação contra sua queda de popularidade, o presidente Jair Bolsonaro adere ao assistencialismo que tanto criticou no passado.
O presidente deve entregar nesta segunda-feira (09), na câmara dos deputados, a Medida Provisória que o permite criar o novo programa social, Bolsa Brasil, que vai substituir o Bolsa Família criado por Lula.
A promessa era que a repaginação do benefício viesse com um aumento médio de 100%, porém o presidente já admitiu nesta segunda que o ganho não vai chegar a tanto, como ele próprio havia cogitado na semana anterior.
Agora Bolsonaro promete ganho apenas acima de 50% ao beneficiários, o que acaba diminuindo o impacto desejado, já que a expectativa lançada era outra.
Para definir o valor exato do benefício, o Planalto vai esperar o Congresso aprovar medidas que viabilizem o pagamento do maior montante possível. Essa foi a fórmula encontrada diante de divergências dentro do governo sobre o assunto.
A ala política defende abertamente que o programa sucessor do Bolsa Família pague R$ 400, em média, enquanto a equipe econômica diz que hoje só há espaço no Orçamento da União para se pagar um valor de R$ 300 sem estourar o teto dos gastos públicos.
Para viabilizar o valor do benefício, o presidente Jair Bolsonaro entregou hoje também ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para parcelar o pagamento de precatórios e criar um fundo com recursos de privatização, que seriam destinados para o incremento do futuro Auxílio Brasil.