O deputado federal Daniel Silveira (PTB) foi a estrela de um atp bolsonarista neste 1º de maio, dia do trabalhador no Rio de Janeiro.
Cerca de 2 mil pessoas clamaram pela eleição de Silveira ao Senado nas próximas eleições, por valores cristãos, pelo fim do socialismo, marxismo cultural e ideologia de gênero: "Menino veste azul, menina veste rosa"
, bradava uma dos locutores do carro de som.
Como se estivessem zombando do Supremo Tribunal Federal (STF), que condenou Silveira justamente por ataques a um dos três poderes mantenedores da constituição, justamente a corte, encima do trio os deputados exibiam um homem fantasiado de viking, uma cópia verde e amarela de Jacob Chansley, ‘trampista‘ extremista de direita, preso nos EUA pela invasão ao Capitólio em 6 de janeiro do ano anterior.
Segurando uma placa de rua com o seu nome nas mãos, em deferência à placa ‘Marielle Franco‘, quebrada por ele mesmo no passado, o deputado escutou o locutor proferindo sobre o ‘viking brasileiro
‘: "Esse aqui é branco mesmo, não é como uns aí, que fingem ser de verdade"
.
Daniel Silveira é alvo de intensa discussão jurídica por ter escapado de uma condenação do STF através da ‘graça’ (um tipo de indulto individualizado) concedida pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). Sem cerimônias, o parlamentar vem desafiando restrições a ele impostas pela Suprema Corte, como o uso da tornozeleira eletrônica se afastar de manifestações e das redes sociais, por onde ele cometeu os crimes pelos quais foi condenado.