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Bharat diz que cartas enviadas pela Precisa ao governo foram fraudadas

Vacina Covaxin contra a Covid-19 produzida pela Bharat Biotach / Foto: Reprodução

O Laboratório indiano Bharat Biotech, fabricante da vacina Covaxin contra a o novo coronavírus, negou a autenticidade de documentos encaminhados pela sua, agora, ex-representante brasileira, Precisa Medicamentos, ao Ministério da Saúde.

No comunicado da rescisão do “memorando de entendimento” com a Precisa no Brasil, a Bharat negou ter assinado duas cartas que fazem parte do processo administrativo de compra do imunizante enviadas ao Ministério da Saúde. Os documentos foram incluídos no material juntado pela CPI da Covid, no Senado.

Em 25 de fevereiro, o Ministério da Saúde fechou contrato de R$ 1,6 bilhão com a Precisa, que representava a Bharat, para compra de 20 milhões de doses da vacina. A aquisição do imunizante é alvo de múltiplas investigações por suspeita de irregularidades e corrupção, que ganharam novo impulso com denúncia do chefe da divisão de importação no Departamento de Logística do Ministério da Saúde, Luis Ricardo Miranda,  que denunciou ter sofrido “pressão anormal” para liberar a importação do imunizante.

O referido memorando de entendimento foi celebrado com Precisa e Envixia com o objetivo de introduzir a vacina contra covid-19 Covaxin“, informou a farmacêutica. “A companhia rescindiu o memorando de entendimento com efeito imediato.

No mesmo comunicado, a Bharat reafirma que o preço da vacina é de US$ 15. Um documento interno do Ministério da Saúde brasileiro registrou que, em reunião da Pasta com a Precisa e a Bharat, em 20 de novembro do ano passado, o valor mencionado da dose era de US$ 10. O documento foi revelado pelo “Estadão” em 3 de julho.

Informa-se, ainda, que a empresa não recebeu adiantamento nem forneceu vacinas ao Ministério da Saúde do Brasil“, completou também a empresa.

A Bharat também relatou no anúncio, que foi informada que “cartas supostamente assinadas por executivos da empresa” datadas de 19 de fevereiro deste ano e em circulação na internet são falsas.

Uma delas é intitulada “Declaração de inexistência de fatos impeditivos“. O suposto documento tem o símbolo da Bharat e registra que a farmacêutica estaria habilitada à contratação junto ao Ministério da Saúde.

A outra carta seria uma autorização à Precisa para ser a “representante legal e exclusiva no Brasil com poder de receber todas as notificações do Governo“. O suposto documento aponta que a empresa brasileira estaria “autorizada a participar de todos os processos de aquisição oficiais do Ministério da Saúde da Covaxin (vacina contra o Sars-CoV-2) produzidas pela Bharat Biotech International Limited, negociando preços e condições de pagamento, assim como datas de entrega, e todos os detalhes da operação, formalizando o contrato para nós“.

Taxativa no comunicado, a Bharat destacou que a falsidade desses documentos:

Gostaríamos de ressaltar, enfaticamente, que esses documentos não foram expedidos pela companhia ou por seus executivos e, portanto, negamos veementemente os mesmos“, informou a farmacêutica.

A empresa também enfatiza que todas as suas ações, incluindo suas negociações globais, são feitas de acordo com as leis locais e que a empresa emprega e segue os mais altos padrões de ética, integridade e conformidade em todos os momentos“, completou.

Procurada, a Precisa Medicamentos disse lamentar o “cancelamento do memorando de entendimento que viabilizou a parceria com a Bharat Biotech” e negou ter praticado qualquer ilegalidade.

A decisão, precipitada, infelizmente prejudica o esforço nacional para vencer uma doença que já ceifou mais de 500 mil vidas no país e é ainda mais lastimável porque é consequência direta do caos político que se tornou o debate sobre a pandemia, que deveria ter como foco a saúde pública, e não interesses políticos“, informou a companhia brasileira, que completou:

A Precisa jamais praticou qualquer ilegalidade e reitera seu compromisso com a integridade nos processos de venda, aprovação e importação da vacina Covaxin, tanto que, nesta quinta-feira (22), obteve mais um passo relevante, com a aprovação, pela Anvisa, da fase três de testes no Brasil, a ser feita em parceria pelo Instituto Israelita Albert Einstein.

A Precisa não comentou especificamente sobre as duas cartas citadas pela Bharat.

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