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Athletico-PR atropela o Flamengo e faz torcida rubro-negra pedir Jesus

Diante de um Maracanã vibrante com 30 mil pessoas, o Athletico-PR abalou o estádio ao vencer por 3 a 0 e eliminou o Flamengo de Copa do Brasil, com gols de Nikão (2) e Zé Ivaldo, na noite desta quarta-feira (28), pela volta das semifinais da Copa do Brasil.

Athletico paranaense despacha o Flamengo por 3 a 0 e vai à final da Copa do Brasil
Foto: Gustavo Oliveira (athletico.com.br)

Desde o minuto inicial, com muita falação e jogadas truncadas, o jogo foi nervoso, ligado no 220v e o Athletico soube aproveitar a ansiedade do outro lado. Ainda aos 9′ Nikão deixou os visitantes na frente. O time de Valentim roubou a bola no meio (de Diego) e avançou em bloco até parar no área, com pênalti de Filipe Luís em Kayzer. O lance só foi assinalado após análise do VAR.

O VAR voltou protagonizar sob um perdido Wilton Pereira Sampaio, que marcou pênalti inexistente em Bruno Henrique minutos depois. A marcação foi cancelada, porém ficou marcada por mais um lance que triturou outro jogo pobre do Flamengo – e de ampla vantagem tática do Athletico, que por vezes posicionava seis marcadores na primeira linha de defesa.

Nada era criado pelos cariocas em meio a uma embromação dos adversários que culminou em dez minutos de acréscimo, por exemplo.

Mas o Athletico não fez apenas cera. Teve o mérito de se atirar em contragolpes e encontrar espaços no frágil sistema defensivo do Flamengo. Nikão e Renato Kayzer trocaram passes, alguns jogadores do Rubro-Negro carioca “largaram” à espera de uma marcação do VAR, e o camisa 11 aproveitou o espaço para finalizar, para marcar, contando com um frango inexplicável de Diego Alves, pouco antes do intervalo: 0x2.

Andreas ainda perdeu um gol da marca do pênalti após boa jogada de Isla e Everton Ribeiro pela direita, o que deixou a torcida ainda mais desesperada no intervalo.

O Flamengo voltou do intervalo para o tudo ou nada e Michael entrou na vaga de Diego, acendendo o time comandado por Renato Gaúcho com boas jogadas individuais. Em uma delas, saiu da ponta esquerda para direita passando por meio time e parou em Santos, que passou a alçar o seu nome ao protagonismo enquanto os mandantes estavam no abafo e pilhavam jogadores à frente da área rival.

Faltava inspiração, sobrava transpiração para o Flamengo.

Diante das dificuldades, o técnico rubro-negro fez as substituições que podia, modificando muito o time, deixando a organização do Flamengo em segundo plano.

Por vezes, o Fla tinha cinco atacantes, sufocando o Furacão atrás, mas isso não resultou em gol, para desespero dos cariocas, que ainda jogaram por cerca de 15 minutos com um jogador a mais, já que Khellven foi expulso quatro após ser acionado por Valentim.

Depois disso tudo, ainda saiu um gol, mas do Athletico. Em contragolpe previsícel, já no final, Zé Ivaldo recebeu de Pedro Rocha e definiu o marcador.

Enfurecida, a torcida flamenguista terminou a partida gritando “Olê, olê, olê”, Mister, Mister (em alusão ao técnico Jorge Jesus) e xingando Renato Gaúcho, que ficou incólume à beira do campo. Por fim, enquanto o Athletico vibrava até o apito final, as arquibancadas ainda entoaram o grito de “time sem vergonha”.

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