A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) realizou nesta quinta-feira (6) uma série de reuniões para analisar dados da Coronavac em crianças. Segundo a Agência, o encontro faz parte da avaliação do pedido do Instituto Butantan para uso do imunizante em crianças e adolescentes na faixa etária de 3 a 17 anos.
Foto: Joel Klamar (Agence France-Presse 15.11.2021)
A atividade foi dividida em partes, com a apresentação de estudos de efetividade feitos pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e, na sequência, os dados foram debatidos por especialistas externos convidados pela Anvisa.
O debate contou com a participação de representantes da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), do Departamento de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), da Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI) e da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco).
Após essas duas etapas, a equipe técnica da Anvisa realizou uma reunião com o Instituto Butantan, técnicos do Chile e da Sinovac. De acordo com a Agência, os encontros “são mais um passo na análise da vacina” e os dados apresentados “representam um avanço nos trabalhos”.
Segundo o ISP (Instituto Chileno de Saúde Pública), cerca de 90% das crianças chilenas, entre 03 e 15 anos, já foram vacinadas com o imunizante da Sinovac, sem a ocorrência de nenhuma reação adversa importante.
O Butantan pediu autorização da Anvisa para uso da Coronavac em crianças de 3 a 17 anos em dezembro, mas a Agência cobrou mais dados.
Atualmente, o único imunizante aprovado para uso pediátrico no Brasil é o da Pfazer. Nesta quarta-feira (5), o Ministério da Saúde apresentou os detalhes de como será feita a vacinação de crianças entre 5 e 11 anos.
