Passados poucos minutos da meia noite, entrando na madrugada de 02 de outubro, dia de eleição, moradores de Valparaíso de Goiás começaram a registrar a operação de criminosos eleitorais na cidade.
Foto: Reprodução
Equipes de candidatos estão jogando santinhos nas ruas próximas aos locais de votação da cidade, o que é considerado crime eleitoral pelo Ministério Público Eleitoral (MPE), puníveis com sanções que vão de multas até a cassação do registro de candidatura.
A orientação normativa dom MPE, encaminhada através das Procuradorias Regionais da República, instrui a eleitores denunciantes e ou equipes de fiscalização a fotografarem os materiais despejados nas ruas de modo que o candidato beneficiado seja facilmente visualizado, além de registrar o nome, número e partido ao qual a candidatura pertence.
Também é importante, segundo o órgão, registrar com exatidão o dia, hora e lugar em que a infração foi cometida, assim como a estimativa do quantitativo dos “santinhos” derramados nas vias públicas.
O MPE também está orientando os promotores a atuarem os infratores de forma mais eficaz e rápida neste ano, já que a representação por propaganda irregular ao juiz eleitoral deve ser feita em até 48 horas após o dia da votação. A estratégia pode acarretar de multas à cassação do registro de candidatura.
Para o órgão, além dos impactos sociais e políticos, uma vez que pode influenciar o eleitor a votar no número que vê nas vias, o ato também pode causar impacto econômico, considerado na normativa, já que os candidatos hoje utilizam recursos públicos, do fundo eleitoral, para a impressão desses panfletos.
O gasto com santinhos e demais publicidades por materiais impressos é a terceira maior concentração de despesas nas eleições deste ano. Mais de R$ 674 milhões teriam sido gastos com esse serviço nas eleições de 2020.
Veja vídeos da ação:
A equipe do Jornal Opinião do entorno tentou entrar em contato com as candidatas da maioria dos santinhos encontrados nas ruas até o fechamento desta edição, mas não obteve retorno. O contato de outros dois candidatos não foram encontrados.
A redação também buscou informações no MPE-GO, via telefones publicados mas não obteve sucesso.
