Na ONU (Organização das Nações unidas), mais de 100 diplomatas realizaram nesta terça-feira (01) um boicote durante a fala do ministro das relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov.
O protesto contra a invasão russa na Ucrânia, que recebeu a adesão de representantes de 40 países, aconteceu durante a Conferência sobre o Desarmamento da Organização.
Assim como as delegações da Venezuela, da Síria, da China e de outros poucos países, o representante do Brasil não aderiu ao ato.
Lavrov participou da reunião por meio de uma videoconferência, pois, segundo ele, membros da União Europeia teriam feito uma espécie de “bloqueio aéreo” a seu trajeto à sede da ONU. Na realidade, vários países, incluindo os europeus, fechamento seus espaços aéreos, não para ele, mas para qualquer avião de bandeira russa ou com origem ou destino à Rússia.
Em seu discurso feito para poucos, o ministro russo russo acusou a União Europeia de se envolver em um “frenesi russofóbico” ao decidir fornecer armas letais para a Ucrânia durante a guerra, que ele chama de “campanha militar” realizada pela nação liderada por Vladimir Putin.
"A Ucrânia ainda tem tecnologia soviética e meios de conseguir essas armas (nucleares), nós não podemos deixar de responder a esse perigo real"
, afirmou Sergei Lavrov numa mais nova versão da justificativa para a guerra.
Além da imagem dos diplomatas virando as costas para o telão onde Lavrov aparecia e saindo das salas, outro registro marcante foi o movimento dos ministros de Relações Exteriores do Canadá, Melanie Joly, e da Dinamarca, Jeppe Kofod, que se uniram à embaixadora ucraniana, Yevheniia Filipenko, atrás de uma grande bandeira azul e amarela da Ucrânia.
Melanie Joly ainda comentou que deixou o local porque “o ministro Lavrov estava dando a versão dele, que é falsa, sobre o que está acontecendo na Ucrânia”, por isso quiseram mostrar uma postura firme e de união.