A mesa diretora da Câmara Municipal de Valparaíso de Goiás, presidida pelo vereador Plácido Cunha (Avante) protocolou na secretaria da casa o ato de afastamento, por tempo indeterminado, do vereador Paulo Brito (PSC), atendendo uma determinação do juiz Gustavo Costa Barros da 2ª Vara Criminal de Valparaíso de Goiás.
Flagrado em vídeos, supostamente cobrando propina de um empresário, em troca da anulação fraudulenta de débitos tributários, o agora ex-vereador vinha contando com a proteção da bancada governista, aliada do prefeito Pábio Mossoró (MDB) e da vice Zeli Fritsche (PRTB), num movimento orquestrado pelo presidente Plácido, para não enfrentar um processo político parlamentar.
Cunha, que foi reeleito presidente da Câmara com o voto de última hora do então vereador Paulo Brito, contou com a base pabista para fazer a casa se abster em dar andamento a um processo político de avaliação da conduta do parlamentar acusado, que poderia correr paralelamente aos procedimentos judiciais e está previsto no regimento interno.
Segundo informações levantadas pelo jornal com interlocutores, nesta segunda-feira (16) o chefe do parlamento local ainda teria tentado um movimento de desobediência à decisão judicial para protelar a ‘degola’ do companheiro, mas haveriam poucos colegas da base dispostos a assumir o desgaste público que isso causaria.
Sem saída, a mesa decidiu acatar a decisão do juiz, inclusive proibindo a entrada de Paulo Brito na Câmara.
Veja a íntegra do comunicado da Câmara sobre o ato de afastamento:
Nota:
A Câmara Municipal de Valparaíso Goiás esclarece à sociedade que as denúncias de possíveis casos de “esquema de corrupção passiva” envolvendo o vereador Paulo Brito não estão diretamente ligadas a este Poder, valendo-se, estritamente, de função pública que exercia (servidor efetivo da Prefeitura Municipal – Fiscal de Tributos).
Cumprindo a decisão judicial da 2ª Vara Criminal de Valparaíso de Goiás, a Mesa Diretora, em ato protocolado na segunda-feira (16), determinou o afastamento cautelar por tempo indeterminado do vereador Paulo Fernandes de Brito, mais conhecido como Paulo Brito. Pela sentença, o vereador também fica proibido de acessar as dependências da Câmara Municipal de Valparaíso de Goiás, salvo por convocação da presidência e mediante comunicação prévia à 2ª Vara Criminal de Valparaíso de Goiás.
Atenciosamente,
Câmara Municipal de Valparaíso de Goiás
