Após oito meses sob a brutal ocupação russa, moradores da cidade ucraniana de Kherson festejam desde a sexta-feira (11) a retomada da região pelas forças ucranianas, que expulsaram as tropas russas mais para o leste.
As pessoas não têm água ou conexão com a internet. A energia elétrica é escassa. Mesmo assim, equipes de jornalismo, como a da CNN que chegou à cidade no sábado (12), testemunham um clima de euforia.
Enquanto a equipe filmava na praça central de Kherson, alguns moradores cantavam o hino nacional, enquanto outros gritavam “Slava Ukrainyini!”, ou seja, “Glória à Ucrânia”, uma saudação patriótica.
“Estamos nos sentindo livres, não somos escravos, somos ucranianos”
, disse Olga, moradora de Kherson, a uma equipe de reportagem da CNN.
Alguns cidadãos subiram no topo dos edifícios, incluindo o prédio do cinema que fica na praça central, para hastear bandeiras da Ucrânia. Os soldados ucranianos que chegam em Kherson são recebidos como heróis, com aplausos e pedidos de autógrafos em bandeiras.
Quando os militares russos chegaram aqui no início da guerra, a cidade tentou resistir. Pessoas foram raptadas, torturadas e desapareceram, como agora contam os moradores.
“Fomos aterrorizados pelo exército russo, pelos soldados que podiam vir a qualquer momento em nossa casa, em nosso lar: eles só abriam a porta, como se vivessem ali, e roubavam, sequestravam, torturavam”
, relatou Olga.
Agora, no entanto, os moradores se juntam na praça central da cidade recém-libertada, envoltos em bandeiras ucranianas, cantando e gritando “liberdade para a Ucrânia”.
“Todos daqui vieram celebrar na praça. As pessoas usam a bandeira ucraniana, abraçam os soldados, saem para ver como é ter liberdade”
, disse o correspondente Nic Robertson.
Katerina descreveu a libertação como o “melhor dia” da sua vida após oito meses de ocupação russa. “A nossa cidade é livre, a minha rua é livre”
, disse.
Outro residente local chamado Andrew disse que estava muito feliz em ver soldados ucranianos.
“Acho que muitas pessoas morreram aqui. Ainda não sabemos de tudo”
, afirmou, lembrando os meses ocupação.
Fonte: CNN Internacional / Brasil