Facadas atingiram os braços e as costas da pedagoga

Uma professora de 37 levou cinco golpes de faca de uma aluna de 14 anos numa escola municipal de Valparaíso de Goiás, no Entorno do Distrito Federal. As facadas atingiram os braços e as costas da professora.
O caso aconteceu nesta sexta-feira (22) e após levar os golpes, a professora conseguiu conter a jovem. Ela foi socorrida por colegas professores e levada ao Hospital Santa Maria, no DF. Segundo o relato, o médico disse que as facadas nas costas não atingiram os pulmões da educadora por pouco.
Em entrevista ao g1, a professora de português, que não quis ser identificada, relatou que o problema começou no início da semana, quando ela comentou que a aluna poderia estar com conjuntivite, devido a uma inflamação nos olhos. A jovem teria ficado chateada e passou alguns dias sem aparecer no colégio, voltando apenas no dia do ataque. Após a aula, pediu para conversar com a professora.
"Falei que não podia conversar com ela sozinha. Foi aí que ela tirou a faca e começou a me golpear", disse.
Abalada, a pedagoga contou que tinha uma boa relação com a adolescente, sentando ao lado da garota durante as aulas para ajudar com os trabalhos e diz que não entende o motivo da agressão.
“O preço que eu paguei foi por ser cuidadosa e querer o melhor. Essa é a maior dor que eu sinto”, desabafou.
Antes do ataque, a professora contou que o colégio tentou conversar com a mãe da jovem, mas ela não respondeu às mensagens nem compareceu à escola.
Investigação
O Conselho Tutelar e a Polícia Militar foram acionados e, juntamente com a equipe da Secretaria de Educação e profissionais da área de psicologia do município, acompanham o caso.
O caso é investigado pela Polícia Civil. Segundo o boletim de ocorrências, durante a averiguação, as equipes da Polícia Militar encontraram o caderno da jovem com ameaças de morte contra a professora. O caderno e a faca foram encaminhados para a perícia.
A adolescente foi levada à Central de Flagrantes de Luziânia e não foi informado, até a última atualização desta reportagem, se ela foi liberada ou foi apreendida.
Conteúdo original de Addan Vieira e Karini Bianca / g1