Os presidentes do PSDB, do MDB e Cidadania decidiram nesta quarta-feira (18) indicar a senadora Simone Tebet (MDB) como candidata única da terceira via à Presidência. A decisão ainda precisa ser chancelada palas Executivas nacionais dos três partidos, que têm reunião marcada para a próxima terça-feira (24).

Foto: Reprodução (UOL Notícias)
Pesquisas feitas pelos partidos indicaram que a rejeição a Doria é muito alta e Simone teria maior potencial de crescimento. Doria teve o nome aprovado em prévias do PSDB, em novembro do ano passado porém enfrenta uma resistência crescente dentro da legenda e também não cresceu nas intenções de votos.
"Até terça-feira que vem fica pública uma posição apresentada aos três partidos. Vamos aguardar para ver se os três partidos confirmam essa posição"
, disse o presidente do PSDB, Bruno Araújo, ao sair da reunião. "A partir daí, inicia-se um processo entre os dois candidatos postos no qual poderemos passar para a fase seguinte de começar a construir de forma sólida essa aliança, construindo aspectos regionais e demandas que possam fortalecer essa candidatura presidencial"
, afirmou.
Nos bastidores, o presidente do PSDB já disse que a candidatura de Doria é inviável eleitoralmente e que sua rejeição atrapalha a tentativa de reeleição do governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB). Procurado pelo portal de notícias Terra, o pré-candidato peessedebista não se manifestou.
"Temos consenso entre nós. Vamos ter que colocar para o partido para poder dizer esse candidato que vocês chamam de terceira via"
, declarou o presidente do Cidadania, Roberto Freire.
Já o presidente do MDB, Baleia Rossi, destacou a importância de haver uma alternativa a Lula e Bolsonaro, criticou polarização e disse que o foco de um projeto de País deve ser resolver os problemas dos brasileiros e não a “briga pela briga”.
"A sensação da população é que essa polarização prejudica os brasileiros. Esse é um dado (da pesquisa feita) extremamente relevante para a construção de uma alternativa mais equilibrada, moderada, que busque responder aos problemas reais dos brasileiros e não uma briga pela briga"
, afirmou Baleia.
Fonte: Estadão