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Ônibus sucateados e tarifas caras – “A culpa é do prefeito Pábio Mossoró”, dizem usuários e permissionários

O aumento de 15,39% no valor das passagens do transporte público municipal de Valparaíso de Goiás, em vigor desde o dia 04 de setembro recente, reacendeu a discussão sobre a precariedade do serviço na cidade.

Ônibus da Cootranride na linha entre o Valparaíso I e o Esplanada I via Ypiranga / Foto: Reprodução

Com a frota reduzida, antiga e sucateada, usuários e até permissionários do transporte, culpam a gestão do prefeito Pábio Mossoró (MDB) pelo mau momento, onde as tarifas são consideradas caras, e o serviço pior do que ruim.

"Meu filho a gente não tem prefeito, nem vereador nessa cidade, vê se pode um transporte desses, estou aqui a mais de uma hora esperando, no sol quente, em cima dessas pedras e para piorar fui informada que a passagem subiu. Isso é uma falta de vergonha desses políticos dessa cidade", comentou a senhora Ana Maria, moradora do Jardim Céu Azul, por ocasião do aumento das passagens.

"O transporte aqui é uma vergonha, quase não tem van e as que têm são horríveis", disse a sra. Preta Souza, que ao ser questionada sobre de quem era a culpa pela má qualidade do serviço, cravou: "o prefeito, claro".

"As autoridades, como o prefeito, não tomam atitude. A gente, para ir da Etapa C para a (Etapa) A, tem que pagar R$ 10 de UBER, mais caro do que ir para o Plano Piloto", desabafou a sra. Kátia, moradora do Valparaíso I.

Já o senhor Aurélio, que mora no Parque São Bernardo reclamou: "Agente vai pagar mais caro para andar nesses ônibus sucateados, caindo aos pedaços. Se pelo menos fosse um transporte digno, eu nem falaria nada, mas é péssimo. Esse prefeito está de sacanagem com a cara do povo, não faz nada."

Na outra ponta, os trabalhadores da COOTRANRIDE, cooperativa que desde 1992 atua no transporte interno da cidade, dizem que gostariam de prestar um serviço melhor, mas que isso não acontece porque estariam sendo abandonados e até sabotados e chantageados pelo poder público.

"O prefeito vai completar sete anos de governo, já prometeu, prometeu, prometeu e nunca resolveu nossa permissão. Fora isso, as ruas estão um bagaço por aí, uma buraqueira que destrói até tanque de guerra. Não tem veículo que pare de pé", comentou um motorista que pediu anonimato e completou:

"Sem isso (a permissão) a gente não consegue, não tem segurança para comprar carro novo, a gente não tem acesso no banco (a crédito), aí a gente passa esse tempo todo, com os carros envelhecendo, dando despesa, deixando a gente sem dinheiro nem para fazer uma revisão. A gente fica fazendo remendo, esperando o carro quebrar de vez."

De acordo com o profissional, a categoria vive sobre ameaça, num processo de “falência lenta e certa”.

"O que o prefeito está provocando é uma falência lenta e certa na gente. Ele tá deixando a gente na lona, sem condições e colocando o usuário (passageiro) contra a gente. E a gente tem que ficar calado e ainda apoiar ele na política, se não ele pode aparecer de uma hora para outra com um edital de concessão aqui, com regras que a gente, que roeu o osso, não consegue cumprir", disse ele que continuou: "Mas isso é certo que uma dia ele vai fazer, mesmo a gente calado, pregando o adesivo dele aguentando tudo. Até o fim do governo dele, ele aparece com uma empresa aqui para beneficiar ele e descartar a gente."

Ônibus da Cootranride quebrado em 21 de outubro de 2020, ainda com a adesivo da campanha de reeleição do prefeito Pábio Mossoró / Foto: Reprodução (Leonardo Gonçalves – Ônibus Brasil)

"A gente queria estar rodando com os ônibus todos novos, com os passageiros felizes, sem quebrar toda hora, sem ter que gastar tanto com concerto. O custo da operação baixaria, daria até para fazer uma passagem mais barata, mas o prefeito parece que quer quebrar a gente e colocar uma empresa dele no nosso lugar", completou.

Em três de março de 2017, portanto no 3º mês do seu primeiro mandato, o prefeito Pábio Mossoró suspendeu uma licitação deixada pela gestão anterior que regularizaria a concessão do transporte público em Valparaíso. Daí em diante nenhuma ação teria sido tomada.

Questionada, a assessoria de comunicação da prefeitura valparaisense não retornou ao contato do Jornal.

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