Deputado afirma que presidentes da Câmara e do Senado Brasileiro podem sofrer sanções dos EUA por não avançarem com anistia de seu pai e no impeachment de Alexandre de Moraes

O deputado federal licenciado, Eduardo Bolsonaro(PL), declarou que os presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil), estão no foco do governo norte-americano para possíveis sanções. A declaração foi feita em entrevista ao programa Oeste com Elas, transmitido no YouTube na sexta-feira (25).
Segundo Eduardo, os dois parlamentares correm risco de punições como a suspensão de vistos e a aplicação da Lei Magnitsky, legislação dos Estados Unidos que permite sanções contra estrangeiros acusados de corrupção grave ou violações de direitos humanos.
Ele relacionou a possibilidade dessas medidas caso as propostas defendidas por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, como a anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro e o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, não avancem.
Durante a entrevista, o deputado mencionou que já está “mandando vários recados” a Motta e Alcolumbre e afirmou que ambos têm a oportunidade de evitar sanções se apoiarem as pautas.
A anistia, segundo ele, está sob responsabilidade da presidência da Câmara, enquanto os pedidos de impeachment cabem ao Senado. “Tenho certeza que o Davi Alcolumbre e o Hugo Motta não são iguais ao Alexandre de Moraes” , disse.
Eduardo também afirmou que o ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), teria perdido o visto americano por não pautar pedidos de impeachment contra ministros do STF. “Fez parte desse aparato que sustentou o regime brasileiro” , declarou.
O deputado sugeriu que Alcolumbre ainda não estaria no mesmo estágio de sanção que Pacheco, mas reforçou que já estaria no radar de Washington.
“Certamente já está no foco do governo americano” , afirmou. No caso de Motta, ele citou como motivo a condução da proposta de anistia aos réus do 8 de janeiro.
Eduardo ainda citou a possibilidade de aplicação da Lei Magnitsky contra Alexandre de Moraes, mencionando que isso poderia ocorrer no mesmo dia da entrevista.
“Talvez até hoje, quem sabe, Deus queira, a Lei Magnitsky contra o Alexandre de Moraes, esse vai ser só mais um capítulo dessa novela” , declarou.
Ele acrescentou que Trump teria um “arsenal” de medidas em preparação, e que essa seria apenas uma das ferramentas disponíveis.