
Foto: Reprodução (Mercedes F1)
Após a repercussão da entrevista em que Nelson Piquet usa a palavra “neguinho“, de forma pejorativa e racista para se referir a Lewis Hamilton, que gerou manifestações públicas da Fórmula 1, da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) e da Mercedes, o próprio heptacampeão mundial recorreu às redes sociais nesta terça-feira (28) para responder ao piloto brasileiro.
Primeiro, o heptacampeão mundial postou em seu Twitter uma mensagem em português: "Vamos focar em mudar a mentalidade"
.
Na sequência, o piloto da Mercedes voltou a tweetar em inglês e clamou por contundentes ações antirracistas:
"É mais do que linguagem. Essas mentalidades arcaicas precisam mudar e não têm lugar no nosso esporte. Eu fui cercado por essas atitudes e fui um alvo a minha vida toda. Houve muito tempo para aprender. Chegou a hora da ação"
, enfatizou Hamilton.
O comentário com o termo racista por parte de Nelson Piquet ocorreu no ano passado, quando o tricampeão comentava a batida entre o piloto da Mercedes e Max Verstappen no GP da Inglaterra de Fórmula 1. O piloto da Red Bull é namorado da filha do ex-piloto brasileiro.
No vídeo, que ganhou repercussão na imprensa internacional, o jornalista Ricardo Oliveira questionou Piquet sobre uma manobra parecida de Ayrton Senna no passado, e o tricampeão discordou. "O 'neguinho' meteu o carro e não deixou [Verstappen passar]. […] O 'neguinho' deixou o carro, porque não tinha como passar dois carros naquela curva. […] O 'neguinho' fez de sacanagem"
, disse Piquet na entrevista concedida em 3 de novembro de 2021.
O fato gerou manifestações públicas de repúdio da da Fórmula 1, que não citou o nome de Piquet em comunicado oficial divulgado nas primeiras horas desta terça-feira. "Linguagem discriminatória ou racista é inaceitável de qualquer forma e não faz parte da sociedade. Lewis é um embaixador incrível do nosso esporte e merece respeito. Seus esforços incansáveis para aumentar a diversidade e a inclusão são uma lição para muitos e algo com o qual estamos comprometidos na F1"
, ressalta a postagem no Twitter.
Tanto a Fia, quanto a Mercedes se manifestaram no mesmo sentido: