O governo federal decidiu nesta quinta-feira (29), mudar o regime de metas de inflação. A partir de 2025, a meta será contínua. Atualmente, a meta é definida seguindo o ano-calendário, e tem que atingir o objetivo de janeiro a dezembro de cada ano.

Até o momento, as metas eram observada dentro do calendário, ou seja, no ano de vigência, a partir de 2025 esse período de apuração pode ser maior do que um ano e meio, dois, ou mais, segundo a ministra do planejamento, Simone Tebet (MDB)
A decisão foi tomada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), formado por, além de Tebet do planejamento, ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento), e pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
Corte dos Juros:
"Mudança do regime de meta é fundamental para o futuro do País. O Brasil estará em sintonia com demais países do mundo", disse Haddad.
Além da mudança no sistema de metas de inflação, adotado no Brasil em junho de 1999, o CMN também optou por manter, em 2026, a mesma meta de inflação de 3% já vigentes para 2024 e 2025, com 1,5 ponto percentual de tolerância para mais ou para menos.
Haddad afirmou ainda que há grande expectativa do governo para cortes consistentes da Selic a partir de agosto.
"Nós temos todas as razões para crer que vem um ciclo consistente de cortes nas taxas de juros. Nós temos uma expectativa que esse ciclo comece a cair a partir de agosto", projetou.