Tribunal apontou risco aos recursos previdenciários, mas foi ignorado pelo governo Cláudio Castro

O governo do Rio de Janeiro, comandado por Cláudio Castro (PL), manteve aplicações que somavam de R$ 2,618 bilhões em fundos do Banco Master, mesmo após alertas do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) sobre riscos à segurança financeira para o RioPrevidência.
As informações foram reveladas pela CBN, cuja apuração apontou que o órgão de controle havia determinado a interrupção desses investimentos a pouco mais de um mês.
O tribunal chegou a recomendar ao governador Cláudio Castro que interviesse no órgão previdenciário, citando omissão da direção diante de indícios de irregularidades. Em seu despacho, registrou: "ciência desta decisão ao exmo sr. governador do estado do Rio de Janeiro, para que, diante da gravidade da situação apurada e da omissão do diretor-presidente do Rioprevidência em adotar providência de maneira célere e efetiva, avalie atuar junto à autarquia previdenciária, zelando pelo saneamento das irregularidades e prevenção de novas falhas na alocação de recursos".
O RioPrevidência é o terceiro maior fundo de pensão do país e administra benefícios de 430 mil pessoas.
A situação ganhou ainda mais gravidade nesta terça-feira (18), quando Vorcaro foi preso em São Paulo durante a Operação Compliance Zero, deflagrada pela Polícia Federal para investigar a emissão de títulos de crédito falsos no Sistema Financeiro Nacional. A ofensiva cumpriu sete mandados de prisão, cinco preventivas e duas temporárias, e 25 buscas e apreensões em cinco estados e no Distrito Federal. A investigação apura crimes como gestão fraudulenta, gestão temerária e participação em organização criminosa.
O Banco Central ainda determinou a liquidação do Master.
Até o momento o governador Cláudio Castro não se manifestou sobre o assunto








