De volta ao Maracanã, onde não perdia há 12 jogos, com o apoio da torcida, o Fluminense tinha tudo para se recuperar das derrotas fora de casa, mas desde o primeiro minuto o Tricolor Carioca demonstrou falta de repertório para sair da boa estratégia montada pelo América-MG e falhas defensivas.
Vagner Mancini adiantou a marcação do Coelho, encurralou o Flu em seu campo e levou para casa uma vitória por 2 a 0.

Sem saída, os erros começaram a aparecer, e Juninho teve total liberdade para receber na área e abrir o placar. O estilo proposto por Diniz saindo com a bola nos pés e toque de bola, sem afobação, é bonito e surte efeito com entrosamento. Porém, para transformar isso em resultado, seria necessário ter estudo o adversário, coisa que o América parece ter feito melhor.
O Fluminense demorou a assimilar que teria que atuar de outra forma para não errar e oferecer perigo aos mineiros. A falta de repertório, variação tática e do estilo de jogo ficaram nítidas. Ter um estilo de jogar já conhecido traz os riscos de ser coibido, neutralizado. Em qualquer jogo, é preciso ter uma estratégia montada para esses momentos, e o Tricolor não teve.
Quando utilizou da bola longa, Samuel Xavier achou Cano na área. O argentino fez o que é esperado dele, o gol, mas estava impedido O América, então, se aproveitou dos espaços no lado esquerdo, e Everaldo deitou e rolou pelo setor. O segundo gol saiu de uma bola por ali. Depois de um escanteio, Matheusinho finalizou da entrada da área e marcou.
No segundo tempo, Diniz fez três substituições. Delas, só Nathan correspondeu e finalizou com perigo. O que ninguém entendeu foi a entrada de Calegari na esquerda, mesmo tendo Cristiano no banco. Em nenhum momento, o Tricolor teve domínio do jogo e foi vaiado pela torcida.
O sonho de título deu lugar aos gritos de time sem vergonha e burro para o treinador. O resumo do final de semana é que o Fluminense saiu de campo mais fragilizado e fora do G4. Resta a Diniz provar que a equipe não perdeu o rumo e garantirá a vaga na direta à fase de grupos da Libertadores. A meta esportiva e financeira para ter um 2023 mais equilibrado e competitivo.