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Copom reduz Selic em 0,5%, primeira queda em três anos

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) anunciou nesta quarta-feira (2) a redução da taxa básica de juros (Selic) de 13,75% ao ano, para 13,25%, na primeira queda do índice em três anos. 

Banco Central do Brasil / Foto: Reprodução (BR Investing)

A última vez que o BC havia reduzido os juros foi em agosto de 2020, quando a taxa Selic caiu de 2,5% para 2% ao ano, o nível mais baixo da história. Desde então, as altas consecutivas fizeram com que a taxa voltasse ao maior patamar desde 2016. 

Integrantes do governo federal vinham cobrando do BC uma sinalização de reversão da curva de juros desde a posse do presidente Lula, que vem conseguindo impor uma vertiginosa queda da inflação, e recorrentes melhoras notas das agências de avaliação de riscos mundiais. 

Na última segunda-feira (31), o ministro-chefe da Casa Civil do governo Lula, Rui Costa, projetou um corte superior a 0,5% na Selic. “A minha expectativa é de 0,5 para cima”, disse. “O Chile tirou 1 [p.p.] agora”, argumentou o ministro.

O presidente do BC, Roberto Campos Neto, por outro lado, argumenta que a manutenção da taxa foi importante para conter a inflação. No ano, o IPCA acumula alta de 2,87% e, nos últimos 12 meses, de 3,16%, abaixo dos 3,94% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. 

O CMN (Conselho Monetário Nacional) fixou a meta de inflação deste ano em 3,25%, com margem de tolerância de 1,75% a 4,75%

Desde 2020, Campos Neto tem autonomia, ou seja, não pode ser demitido por Lula. Mas o presidente vem cobrando do Senado, a quem cabe a destituição de RCN, uma postura mais firme com o presidente da autoridade monetária. 

Mais cedo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que os juros “certamente” seriam reduzidos hoje. 

Os juros mais baixos influenciam em redução das taxas bancárias, maior nível de atividade econômica, e melhora das contas públicas, possibilitando maior investimento, já que o governo pagará menos juros. 

Também há impacto nas aplicações financeiras, como em investimentos de renda fixa, como no Tesouro Direto e em debêntures.

"Com a queda na taxa de juros, os investidores provavelmente buscarão investimentos de maior risco com potencial de retorno mais atrativo, o que pode levar ao aumento de investidores na bolsa de valores e a uma recuperação no mercado de renda variável. Além disso, pode haver maior procura por investimentos pré fixados enquanto a taxa ainda está elevada e oportunidades em crédito privado, aproveitando o fechamento da curva de juros", declara Wesley Henrique Quinalha Francisco, assessor de investimentos na WIT Invest.

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