O prefeito de Valparaíso de Goiás, Pábio Mossoró (MDB), decretou ponto facultativo nesta quarta-feira (13) e fechou os órgãos públicos da cidade em um protesto de gestores municipais que reivindicam o aumento do FPM (Fundo de Participação Municipal), recurso repassado às prefeituras pela União.
A decisão do gestor valparaisense, de deixar moradores sem serviços públicos para reivindicar mais recursos federais, contradiz o seu ato recente, de contratar um empréstimo de R$ 70 milhões para investir principalmente em uma obra que já consumiu R$ 13 milhões, não trouxe benefício algum para a sociedade, ao contrário disso, está paralisada e ainda estaria sendo feita em área contemplada por um PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) do Governo Federal.
"Se esse interesse por dinheiro fosse para trazer benefício para nós, tudo bem, mas nunca é. Esse dinheiro só pode ser para ir parar no mesmo bolso onde foi parar aquela fortuna do Consócio Anhanguera, que só fez piorar as ruas do Setor de Chácaras Anhanguera", disse um morador que procurou uma superintendência e encontrou o órgão fechado
"É uma palhaçada. Eu moro aqui a pouco tempo, três anos, mas tudo o que eu já ouvi e vejo desse prefeito é que ele não que dinheiro para nós do povo não, é para ele ficar mais rico", comentou a senhora Cássia Regina, moradora do Ypiranga.
O contraditório na ação de Mossoró ainda fica mais patente caso se confirme que a financiamento de R$ 70 milhões contratado pelo governo Mossoró junto ao Banco do Brasil tenha utilizado justamente o FPM como garantia.
