O Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) concluiu que os procuradores da Lava Jato e o ex-juiz Sergio Moro foram parciais em relação aos casos investigados contra o ex-presidente Lula (PT).
"A investigação e o processo penal contra o ex-presidente Lula da Silva violaram seu direito a ser julgado por um tribunal imparcial, seu direito à privacidade e seus direitos políticos"
, afirma nota da entidade global.
O comitê se manifestou após ter sido provocado pela defesa de Lula, que permaneceu 580 dias presos em Curitiba pela condenação no caso tríplex de Guarujá.
A afirmação do Comitê da ONU não tem efeito jurídico no Brasil, mas é considerado um trunfo político para o lulopetismo às vésperas das eleições em que o petista lidera as pesquisas de intenção de votos para a presidência da república.
"Embora os Estados tenham o dever de investigar e processar os atos de corrupção e manter a população informada, especialmente em relação a um ex-chefe de Estado, tais ações devem ser conduzidas de forma justa e respeitar as garantias do devido processo legal"
, disse em nota o membro do Comitê, Arif Bulkan.