A escalada na disputa comercial dos Estados Unidos contra a China atingiu um novo patamar na quarta-feira (5), após a embaixada chinesa afirmar que o país está preparado para enfrentar “qualquer tipo de guerra” com os americanos, seja comercial, tarifária ou de outra natureza.

O comunicado, publicado na rede social X (ex-Twitter), veio em resposta às tarifas impostas pelo governo de Donald Trump contra os produtos que importa da China e reforça a deterioração das relações diplomáticas e comerciais capitaneadas pelos EUA.
Na abertura do Congresso Nacional do Povo, onde a China define anualmente as suas diretrizes políticas e econômicas, nesta quarta-feira, o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, reafirmou que o país não cederá às pressões externas e anunciou um aumento de 7,2% nos gastos militares para 2025. Segundo ele, “mudanças inéditas em um século estão acontecendo no mundo em um ritmo acelerado.”
A disputa se intensificou depois que Trump impôs as tarifas sobre todos os produtos chineses, alegando que Pequim prejudica a economia americana e fornece matéria prima para a produção do fentanil, uma droga sintética que virou epidemia nos EUA.
Em resposta, a China impôs taxas de 10% a 15% sobre produtos agrícolas americanos e acusou Washington de usar o combate ao fentanil como pretexto para impor novas barreiras comerciais.
A publicação de uma posição mais forte contra as taxas de Trump seria uma estratégia chinesa para atrair novos parceiros comerciais e reduzir os impactos das sanções americanas. No entanto, especialistas alertam que esse endurecimento pode fortalecer a visão de Washington de.
Com um orçamento militar de 245 bilhões de dólares, e sem contar com o aumento de de mais de 7% anunciado, a China mantém a segunda maior força armada do mundo, atrás justamente dos Estados Unidos e nos últimos anos, o país tem ampliado sua presença militar no Pacífico, realizado exercícios próximos a Taiwan e reforçando suas capacidades bélicas.