A imprensa ligada ao prefeito de Valparaíso de Goiás, Pábio Mossoró (MDB), já dá como certa a indicação do secretário de infraestrutura Marcus Vinícius como seu candidato a sucessor.

O gestor estaria relutante em anunciar a sua escolha devido a falta de consenso em seu grupo, pois Vinícius seria visto por muitos com desconfiança, como um tipo de “playboy da política”, que goza do apoio apenas dos “operadores” ou beneficiários das “operações”, além de ser acusado de corrupção pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO).
A preocupação de Mossoró estaria em evitar a debandada de pré-candidatos a vereador, que não gostam da ideia de “dividir santinho” com um acusado de corrupção.
"Como é que a gente vai chegar na nossa comunidade e defender alguém com esse tipo de acusações, tão cheias de elementos", disse um autoproclamado coordenador de campanha de um desses pré-candidatos a vereador aliados de Mossoró. "Eu não tenho como fazer isso não", completou ele
Marcus Vinícius foi acusado pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) de ter fraudado uma licitação do IPASVAL (Instituto de Previdência dos Servidores de Valparaíso), onde ele próprio teria, segundo as testemunhas e a promotoria de justiça, falsificado a assinaturas de concorrentes fictícios para vencer o certame.
Além da suposta corrupção, pesa contra o provável indicado de Pábio Mossoró a imagem de inexperiente e até de incompetência, assinaladas pelas obras insuficientes, de má qualidade, caras, mal programadas, ineficientes e de pouca duração realizadas por ele, a exemplo da drenagem às margens da BR 040, que passou pelo balão de acesso ao Valparaíso II e não funcionou, além do Consórcio Anhanguera, que ficou paralisada durante o período de estiagem, em 2023, foi retomada no período chuvoso e está sendo feito e refeito toda vez que a chuva lhe destrói.
Nesta última obra, o custo estimado de R$ 61,94 milhões e os pagamentos que somam mais de R$ 23 milhões para a empreiteira, sem a conclusão de nenhuma das suas etapas, está sendo investigada pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM-GO), inclusive pela suspeita de superfaturamento, e pelo Tribunal de Contas da União).